O motorista do Peugeot 307 que se envolveu em um colisão frontal na ponte Divaldo Suruagy, no Pontal da Barra, na madrugada deste domingo (15), estava na contramão quando bateu de frente com um Honda HR-V, que acabou pendurado no muro de proteção às margens da via. A confirmação foi feita por um servidor da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, que periciou o local.
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O condutor foi identificado como Carlos Henrique Minervino da Silva, cabo da Polícia Militar, lotado na 1ª Companhia Independente de São Miguel dos Campos.
A Polícia Civil ainda não está com o caso, porque aguarda a representação da vítima, necessária em ocorrências onde não há mortes, mas o TNH1 apurou que a Delegacia de Acidentes já discute formas de descobrir como o condutor acessou a contramão. "Ali é duplicado, o retorno mais próximo fica no trevo do Polo. Existem "n" possibilidades que precisamos verificar. Vamos tentar ver imagens de câmeras de monitoramento para tentar entender", afirmou o policial Denilson Ferreira.
O TNH1 ouviu o condutor do HR-V, o advogado Alberto Jorge Madeiro Alves Souza, que relatou o grande susto ao sofrer o acidente. “Eu e minha namorada estávamos seguindo para o Francês, por volta das 4h30, quando fomos surpreendidos pelo carro na contramão. Não houve tempo sequer de desviarmos, já que estávamos em uma via de mão única e não imaginávamos que alguém se arriscaria daquela maneira”, contou.
O choque fez com que o veículo rodasse violentamente e fosse parar acima da mureta de proteção. Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros estiveram no local e fizeram o socorro das vítimas, uma delas ficou presa às ferragens. Tanto Alberto como a namorada, a enfermeira Lyssa Gabrielle receberam atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE), onde permaneceram em observação por algumas horas e receberam alta ainda ontem.
Testemunhas relataram ao TNH1 que o PM estava com sinais de embriaguez e não conseguiu explicar como ocorreu o acidente. No entanto, a assessoria de comunicação da PM informou que "inicialmente não foi comprovado estado de embriaguez do militar".
O caso já está com a Corregedoria da corporação. O corregedor, coronel Reinaldo, confirmou que o advogado Alberto Jorge prestou queixa no órgão nesta segunda (16), e denunciou a suposta conduta perigosa do policial envolvido. “Após ouvirmos a vítima, abriremos um processo administrativo e, caso seja comprovado o mau comportamento do militar, ele será punido de acordo com o regimento interno”, explicou.
O portal tentou contato com o comandante da 1ª Companhia, de São Miguel dos Campos, para ouvir o militar, mas as ligações não foram atendidas.
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