Em uma reportagem do "Fantástico", no último domingo, sobre HPV e a importância da vacina para previnir infecções que levam a câncer, Ana Maria Braga falou sobre a doença que teve 2001. Repentinamente ela se viu às voltas com o diagnóstico devastador de perigosíssimo câncer de ânus, carcinoma epidermóide anal. Ela foi corajosa em abordar o assunto sua fala é providencial, principalmente em um mundo onde pessoas começam sua vida sexual cada vez mais cedo e na sua maioria sem as informações necessárias para a sua segurança e a segurança dos parceiros.
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A fala é providencial porque nos obriga a abordar o tema e levar mais informações a todos que precisam, principalmente pais e professores, e por isso somos agradecidos.
O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível amplamente reconhecida por seu papel no desenvolvimento de câncer cervical. No entanto, uma descoberta emergente tem destacado sua associação com o carcinoma epidermoide anal, um tipo de câncer que afeta o ânus.
E este é um tipo de câncer que se desenvolve nas células da pele ao redor do ânus. Este tipo de câncer pode ser associado ao HPV, especialmente a cepa HPV-16.
Estudos recentes têm revelado uma forte ligação entre o HPV e o desenvolvimento do carcinoma epidermoide anal. A infecção persistente por certas cepas de HPV, especialmente HPV-16, aumenta significativamente o risco de desenvolver esse tipo de câncer. E como o HPV contribui para o Carcinoma Epidermoide Anal?
O HPV-16, em particular, tem sido identificado como um fator de risco significativo. O vírus pode causar alterações genéticas nas células do ânus, levando ao crescimento descontrolado e formação de tumores. Além disso, a inflamação crônica causada pela infecção persistente por HPV pode desempenhar um papel no desenvolvimento do câncer e o maior risco, neste caso, é sua descoberta já em estágios avançados, porque o câncer é uma doença silenciosa e quando dá sinais, seu estágio já é avançado, com o aparecimento dos tumores.
E como podemos nos prevenir? Bem, o governo tem feito a sua parte, disponibilizando através do SUS ( Sistema Único de Saúde) a vacina contra o vírus HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos; homens e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids e vítimas de violência sexual.
O principal fator de risco para o carcinoma epidermoide anal é a infecção persistente por HPV, especialmente as cepas de alto risco, como o HPV-16.
Quando a nossa querida apresentadora contraiu essa doença, ainda não havia a vacina. O triste é ouvirmos profissionais de saúde falar que a procura é pequena e isso tem que mudar, trata-se da vida e saúde de nossos jovens.
Um dos fatores de risco, talvez o mais perigoso deles, é a atividade sexual desprotegida. A atividade sexual desprotegida aumenta o risco de exposição ao HPV, portanto, o uso consistente de preservativos pode ajudar a reduzir esse risco.
Como falei acima, cuidar para que nossos jovens recebam a sua dose da vacina dentro da idade, a recomendação é que todos sejam vacinados antes do início da sua vida sexual.
Rastreamento e Detecção Precoce: O rastreamento para carcinoma epidermóide anal pode incluir exames físicos anuais, exames de Papanicolau do ânus e, em alguns casos, a realização de biópsias.
Não podemos descuidar: O carcinoma epidermóide anal representa uma séria preocupação de saúde, especialmente devido à sua associação com o HPV. É crucial estar ciente dessa conexão e tomar medidas preventivas, como vacinação, práticas sexuais seguras e rastreamento regular, para reduzir o risco de infecção por HPV e desenvolvimento deste carcinoma . Ao aumentar a conscientização através de palestras e informação boca a boca podemos trabalhar em prol da prevenção, portanto fale com seus familiares, esclareça os riscos e a prevenção, sabemos que alguns casos são mesmo fatalidade, mas devemos sempre lançar mão de todos os mecanismos possíveis para nos prevenir e proteger a quem amamos, mas não somente o câncer de ânus merece a nossa atenção, os canceres ginecológicos tendem a serem fatais quando não detectados a tempo.
Encerro essa matéria com 10 dicas de prevenção abrangentes. Prevenção é tudo, é a nossa garantia de vida e saúde:
1. Vacinação contra o HPV: A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é uma medida crucial de prevenção contra o câncer de colo do útero, uma vez que a infecção pelo HPV é uma das principais causas desse tipo de câncer. A vacinação é recomendada para meninas e meninos na adolescência, antes do início da atividade sexual.
2. Exames de Papanicolaou regulares: O exame de Papanicolaou (ou colpocitologia oncótica) é fundamental na detecção precoce de alterações cervicais que podem levar ao câncer de colo do útero. Nós, mulheres, devemos realizar esse exame regularmente de acordo com as orientações médicas.
3. Exames de mamografia e autoexame das mamas: A detecção precoce do câncer de mama é essencial para o tratamento bem-sucedido. Por isso, devemos realizar exames de mamografia regularmente, especialmente após os 40 anos, e também devemos praticar o autoexame das mamas mensalmente.
4. Conhecimento dos sintomas: É importante que estejamos cientes dos sintomas associados aos cânceres ginecológicos, como sangramento vaginal anormal, dor pélvica persistente, corrimento vaginal anormal, alterações no ciclo menstrual, entre outros. Qualquer sintoma incomum deve ser relatado a um profissional de saúde.
5. Manutenção de um peso saudável: O excesso de peso e a obesidade estão associados a um maior risco de câncer de endométrio. Manter um peso saudável através de uma dieta equilibrada e exercícios regulares pode reduzir esse risco.
6. Limitação do consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool está relacionado a um aumento do risco de câncer de mama e outros cânceres ginecológicos. As mulheres devem limitar o consumo de álcool, seguindo as diretrizes de saúde pública.
7. Parar de fumar: O tabagismo está associado a um maior risco de câncer de colo do útero e outros cânceres ginecológicos. Parar de fumar pode reduzir significativamente esse risco e melhorar a saúde geral.
8. Práticas sexuais seguras: O HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis estão relacionados ao câncer de colo do útero e outras condições ginecológicas. Usar preservativos durante a atividade sexual pode ajudar a reduzir o risco de infecção.
9. Consulta regular ao ginecologista: Consultas ginecológicas regulares são essenciais para a saúde feminina. Além dos exames de rotina, essas consultas oferecem a oportunidade de discutir quaisquer preocupações de saúde e receber orientações sobre prevenção de câncer.
10. Conscientização e educação: Promover a conscientização sobre cânceres ginecológicos, seus fatores de risco e medidas preventivas é fundamental. As mulheres devem buscar informações atualizadas e participar de campanhas de conscientização para tomar medidas proativas em relação à sua saúde ginecológica.
Essas são algumas dicas importantes para a prevenção do câncer ginecológico, mas é importante ressaltar que cada mulher é única e pode ter necessidades específicas de cuidados de saúde. Por isso, é fundamental consultar um médico regularmente para orientações personalizadas e cuidados adequados.
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