Câmera Record mostra perigos que imigrantes clandestinos enfrentam rumo à fronteira dos EUA

Publicado em 13/07/2019, às 23h32
Imagem Câmera Record mostra perigos que imigrantes clandestinos enfrentam rumo à fronteira dos EUA

Por Record TV

Neste domingo, dia 14/07, o Câmera Record exibe o segundo e último episódio sobre o La Bestia, que leva imigrantes numa viagem clandestina rumo à fronteira dos Estados Unidos. Além de desafiarem a morte em cima do famoso trem de carga, eles enfrentam outros perigos para chegar ao destino. A primeira parte foi ao ar no programa anterior e revelou alguns dos problemas dessa jornada que, a cada ano, mata ou mutila cerca de 1.300 pessoas por ano.

Os repórteres conversaram com um coiote, que é o responsável por guiar ilegalmente os viajantes. Ele atua neste ramo há trinta anos e monta grupos de até dez pessoas para levar ao lado americano da fronteira. "Eu cobro 2 mil dólares para colocar uma pessoa em qualquer lugar dos Estados Unidos", afirma.

Há também quem ajude os imigrantes oferecendo comida durante a viagem. Na cidade de Vera Cruz, no México, Norma Vasquez é coordenadora do projeto “La Patronas”, formado por mães que se solidarizam e oferecem alimento às pessoas. “Quando o trem está chegando e se acabam todas as marmitas, a gente dorme tranquilo porque graças ao trabalho de todos nós essas pessoas vão conseguir comer", diz ela.

Quem consegue superar os perigos da viagem pela América Central chega ao Centro de Proteção ao Imigrante, onde recebem abrigo, comida e assistência jurídica.

“Viemos sozinhos, sem o apoio de ninguém. Eu temo ter que voltar para o meu país. Estou agradecida pelo apoio que me deram", conta Leyviana Gonzales, que fugiu da Guatemala com os três filhos, porque foi ameaçada de morte pelo próprio marido.

A crise humanitária na fronteira do México com os Estados Unidos atingiu números alarmantes. Segundo dados oficiais, de outubro de 2018 a junho deste ano, quase 800 mil pessoas foram apreendidas pela polícia tentando entrar no país. É mais que o dobro em relação ao mesmo período anterior.

E ainda: a reportagem mostra os cemitérios clandestinos onde foram encontradas ossadas de imigrantes.

A produção é dos jornalistas Romeu Piccoli, Henrique Beirangê, Michel Mendes, Fabiana Vilella e Lucas Mioni.

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