A Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência para projetos de temas relevantes.
Com isso, tais projetos vão direto para votação em plenário, sem ser necessário passar pelas comissões da Casa.
Isso inclui temas de grande repercussão, como aborto e delação premiada, como explica o jornalista Valdo Cruz, e provoca divergências no campo político:
“Se está acuada de um lado, por causa das brigas em comissões, de outro, a Câmara dos Deputados, de olho na sucessão de sua presidência, ameaça promover retrocessos em dois temas que agradam aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: aborto e delação.
E tudo feito a toque de caixa, sem discussão em assuntos que deveriam ser debatidos profundamente.
Nesta quarta-feira (12), os deputados deram uma satisfação à sociedade aprovando um projeto para acelerar a punição de deputados brigões, mas, logo em seguida, os parlamentares pisaram no acelerador dos retrocessos.
Primeiro, a Casa aprovou a urgência para o projeto que proíbe presos de firmarem acordos de delação premiada, um golpe fatal no combate à corrupção, do jeito que boa parte da Câmara deseja.
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