Por Paulo Victor Malta
O Clube de Regatas Brasil encerrou a preparação em Maceió na manhã desta sexta-feira (1º) e em seguida embarcou para São Paulo, onde enfrenta o Oeste neste sábado (2), às 16h30, na Arena Barueri, pela 32ª rodada da Série B. O técnico Marcelo Cabo concedeu entrevista no CT Ninho do Galo e afirmou que o objetivo é voltar para Alagoas com duas vitórias contra Oeste e Cuiabá.
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"O objetivo é seis (pontos). A gente tem que sempre pensar alto, pensar grande. Não é fácil, mas nossa meta é voltar na quarta-feira com seis pontos. Se não for possível, o maior número de pontos que a gente possa alcançar nessas duas difíceis missões, que é jogar contra Oeste e Cuiabá", disse o treinador do CRB.
Suspensos na vitória sobre o Botafogo-SP, o zagueiro Wellington Carvalho e o atacante Léo Ceará voltam a ficar à disposição do treinador regatiano. O atacante Willians Santana está recuperado de lesão muscular e viajou para São Paulo. Quem está fora contra o Oeste é o zagueiro Ewerton Páscoa, suspenso.
Cabo deve manter a base que venceu o Botafogo e escalar o Galo com Andrey; Daniel Borges, Wellinton Carvalho, Edson Henrique e Igor; Claudinei, Lucas Siqueira, Alisson Farias, Willie e Iago (Willians Santana); Léo Ceará.
Com 46 pontos na tabela, o CRB é o sexto colocado e está a três pontos do Coritiba, que abre o G-4 na quarta posição. Segundo o site Infobola, do matemático Tristão Garcia, o Regatas tem 17% de chances de acesso.
Veja outros trechos da entrevista.
Acha que atinge o G-4 em qual rodada?
"Ah, cara, eu acredito que a gente, talvez, precise ir até a última rodada. A gente criar um prognóstico assim é difícil, porque a gente tem tido resultados positivos, os adversários não estão evoluindo. Pode ser que a gente possa ir no jogo do Bragantino, pode ser que a gente já alcance na próxima rodada. Se a gente vencer e o Coritiba não vencer, a gente entra no G-4 porque tem maior número de vitórias maior que eles. O importante é como termina, é estar no G-4 quando terminar o último jogo diante do Bragantino".
"Se a gente conseguir antes, o que não é fácil... Para a gente atingir o acesso vai precisar ter uma margem de 70% de aproveitamento em 10 jogos. Cheguei para fazer 10 jogos. Você ter uma performance de 70% é um aproveitamento de título. A competição é muito difícil. O Coritiba não venceu nos dois últimos jogos. Ontem o Sport perdeu para o Guarani. Reputo que é a competição mais democrática. O cara que está disputando na zona do rebaixamento ganha do líder, ganha do vice-líder. É uma competição muito difícil. Por isso o grupo está muito confiante, pelos últimos resultados. Isso é muito importante, numa reta final, o time está numa crescente, numa confiança muito grande para que a gente possa buscar o objetivo".
Bragantino, Sport, Atlético-GO... Fica só uma vaga?
"Não, acredito que tem duas vagas em aberto. Até porque a gente tem um confronto direto com o Atlético. Se a gente vencer os dois jogos, o Atlético vencer os dois jogos, e a gente vencendo o Atético, a diferença cai para um ponto, talvez faltando quatro rodadas. Aí a gente tem, diante desses seis jogos que o Atlético está sem vencer, o Atlético também entrou na vaga para essas duas vagas. Acho que está muito bem encaminhado Sport e Bragantino, mas as outros duas vagas a gente tem Atlético, Coritiba, nós, Paraná, América, acho que essas equipes".
"Duas vagas estão em aberto. O CRB está vivo na briga por essa vaga. 21 pontos, tem muita água para passar embaixo da ponte. A gente precisa performar, continuar nessa vibe boa de pontuar, de vencer. Nosso objetivo são sete jogos, sete finais, e a gente precisa buscar as sete vitórias. Essa é a nossa meta. Não é fácil. Vamos pensar jogo a jogo, final a final. Como a gente vem pensando até agora. Temos um jogo muito difícil, uma final muito difícil diante do Oeste no sábado".
A que você atribui esse nivelamento da competição?
"Primeiro, posso dizer que antigamente os times vinham da Série A para a Série B com orçamento da Série A, quem era do grupo dos 13. Hoje, não, as equipes já caem com orçamento de Série B. Nivelou muito. Hoje ninguém vem mais com 40 milhões, 50, 60 milhões para disputar a Série B. Reflete na pontuação. Um ponto fora da curva, em termos de orçamento, é o Bragantino. Pelo aporte financeiro. Time viaja de voo fretado, tem um aporte de capital estrangeiro. Está com esse plus aí, claro, com todo merecimento, bom trabalho que o Zago vem fazendo".
"Um trabalho muito bem organizado, mas é um diferencial você viajar de voo fretado, logística, tudo isso é um plus a mais. Isso ajuda muito. E as contratações, a qualificação da equipe. Reputo que o Bragantino é um ponto fora da curva dentro da competição. Mas a competição cada ano está se nivelando mais, está ficando mais disputada. Você tem mais probabilidade de ter a chance do acesso quando o campeonato é mais nivelado".
Semana livre de jogos
"Positiva. A gente teve nove dias de trabalho. Foi o meu maior período de trabalho aqui no CRB. A gente teve a oportunidade de recuperar alguns jogadores que estavam no DM. O DM hoje está praticamente vazio. Quero parabenizar todo o departamento médico, fisiológico, físico pelo empenho, pelo trabalho. Numa reta final, você minimizar os jogadores no DM me ajuda muito pela gama de opções que vou ter para a sequência. Enquanto isso a gente pôde potencializar uma semana boa de trabalho. Pegamos firme nesse período. A gente pôde dar o polimento na parte física, técnica e tática, e dar mais uma ênfase no conceito que eu quero implementar para dar continuidade ao bom trabalho que o Marcelo Chamusca fez no período em que esteve aqui".
"Facilitou muito a minha chegada. O quadro técnico, tático que encontrei da equipe, o trabalho feito pelo Marcelo, procurei dar continuidade e ir colocando os meus conceitos, dentro daquilo que entendo para evolução da equipe. Muito satisfeito, em uma reta final de competição você ter nove dias para trabalhar é um presente. A gente precisava aproveitar de todas as maneiras. Segunda-feira trabalhamos de forma integral, terça, quarta e hoje numa forma intensa. Viajando para São Paulo e depois para Cuiabá para que a gente possa buscar o máximo de pontos possíveis, para continuar a meta desse objetivo do acesso".
"Quem ganha com isso é o CRB. Nosso objetivo como comissão técnica, como diretoria, é deixar todos os jogadores aptos para que possamos assim escolher aquilo que a gente acha melhor para ocasião dos jogos. O belo trabalho por toda a comissão técnica, me deixando todos esses jogadores à disposição. É uma reta final de competição, agora a gente entra num período de sete jogos em 30 dias. Estamos com alguns jogadores pendurados, então vamos precisar girar o grupo, girar o elenco e qualificar o elenco. Provavelmente nós vamos ter problema de lesão, que talvez não dê mais tempo de recuperar. Provavelmente vamos ter jogadores suspensos. Então o objetivo da comissão técnica é deixar todos os jogadores de uma forma homogênea para quando a gente venha solicitar, como aconteceu nos últimos jogos, a gente tenha resposta positiva dos jogadores para buscar nossos objetivos.
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