Tempos distintos. Foi assim que o técnico Marcelo Cabo analisou a vitória do CSA sobre Sergipe no último domingo, pela sétima rodada da Copa do Nordeste. O treinador concedeu entrevista coletiva após a partida, explicou as mudanças táticas no segundo tempo e rasgou elogios ao meio-campista Didira, autor do segundo gol.
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"Não tem mágica. A gente foi surpreendido pelo belo treinador que é o Leandro Campos. Ele estudou nossa equipe, veio num 3-5-2. Sabia que o Cassiano estava jogando por dentro com o Patrick. Ali ele anulou nossas ações, que a gente tinha trabalhado durante a semana. Só que a gente trabalha com circunstâncias alternativas. Pela leitura que eu tive do time deles no primeiro tempo, a gente fez um 4-3-3 no segundo tempo. Centralizando o Dawhan, adiantando o Didira para a meia-direita, o Matheus para a meia-esquerda, abrindo bem o Manga do lado direito e abrindo bem o Cassiano do lado esquerdo. Então tinha três zagueiros para marcar só o Patrick Fabiano. A gente provavelmente ia criar superioridade no outro setor do campo, porque iam ficar três zagueiros só no Patrick Fabiano".
Foto: Pei Fon / TNH1
"A importância do Didira, vou tornar a falar: Didira é um jogador multifuncional. Quando adiantei ele, tirei ele de volante para meia-direita, que fiquei só com um volante, ele já cresceu na partida. Depois do gol, mudei do 4-3-3 para o 4-2-3-1. Vocês perceberam. Na saída do Matheus, adiantei ele para ser o camisa 10 e encostar no Patrick. Deu certo. Ele acabou fazendo um belo gol, foi coroado a grande atuação. O Didira já sabe o que eu quero dele dentro do jogo só com uma fala. Ele não precisa de muito. Ele já jogou em três, quatro funções comigo. É um jogador importantíssimo em todo o contexto", opinou.
Com a vitória, o Azulão chegou aos 13 pontos e assumiu a quarta posição do Grupo B. A oitava e última rodada será disputada no próximo sábado (30), às 16h, com todos os jogos no mesmo horário. O CSA encara o Altos, que apenas vai cumprir tabela, no Estádio Albertão, em Teresina.
Veja outros trechos da entrevista.
Semifinal do Alagoano e decisão com o Altos
"Sono e alimentação. Vamos jogar três partidas decisivas em seis dias. Por isso essa semana foi importante. Consegui criar algumas alternativas para a sequência desses jogos decisivos nesta semana de trabalho. Sei que de hoje até sábado, nós não vamos treinar mais. Tenho que recuperar os jogadores. Acabo um jogo meia-noite em Coruripe e viajo três horas da tarde do dia seguinte para o Piauí, com escala. Agora vão entrar o departamento médico e a fisiologia na recuperação. É um grupo muito maduro, experiente. Grupo que sabe o que quer, que está comprometido com o CSA e a gente vai superar esses obstáculos que são o cansaço".
Volta ao G-4
"O importante é voltar ao G-4 e o mais importante é que o CSA, hoje, depende das suas próprias forças para classificar. Uma chave em que tem 13 pontos e nós estamos em quarto colocado. O líder da outra chave tem 10 pontos. Hoje nós estaríamos classificados já. Vamos seguir nosso planejamento, nosso foco, para que a gente possa, nessas duas partidas de quarta e sábado, buscar nossos objetivos".
Matheus Sávio
"Não vejo pressão. Pressão é aquele cara que pega o ônibus 5h da manhã, ganha mil reais por mês e chega em casa 21h. Esse sofre uma pressão interna. Nós somos privilegiados. Quem está no CSA, que é um time com uma torcida exigente, um time de massa, tem que estar preparado para isso. O Matheus Sávio jogou no Flamengo, gente. Matheus Sávio jogou Libertadores da América. É um garoto duro. Ele não estava bem hoje. Normal, quantas vezes ele esteve bem?"
"No dia em que ele não estiver bem, a gente vai criar uma alternativa. Entrou o Victor, entrou bem. Se o Victor tivesse um pouquinho mais focado na tomada de decisão final, talvez sairia consagrado nesse jogo com dois gols. Isso é grupo, isso é elenco. O dia em que um não estiver bem, o outro está preparado para entrar. O Matheus é um jogador que vem nos ajudando muito, vem com sequência. Jogador que já jogou Libertadores, Brasileiro, jogou na Europa. Isso aí a gente respeita muito a nossa torcida. Torcida que nos vaiou no intervalo e nos aplaudiu no final do jogo. É uma torcida exigente, apaixonada. Eu dedico a ela essa vitória. Torcida merece todo o nosso respeito. Eu também aplaudi a torcida no final pelo apoio que nos deu em todo jogo incondicional".
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