A frustração com a derrota de virada em menos de 15 minutos no final do jogo tomou conta do Rei Pelé no revés do CSA para o Botafogo. Após a partida, o técnico Marcelo Cabo concedeu entrevista coletiva, analisou como natural o recuo da equipe azulina após o gol de Carlinhos e justificou as escolhas por Madson e Robinho nas substituições.
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"Recuo do time é uma coisa natural. Você está vencendo o Botafogo, conseguiu bloquear o Botafogo quase 80% do jogo, é normal que o Botafogo ia se atirar. É normal que o Botafogo ia tentar as bolas longas no Erik e no Diego Souza. Por isso coloquei o Dawhan, para tentar corrigir aquele centro do campo ali, onde o Botafogo começou a criar os passes entre linhas. O Botafogo estar perdendo de 1 a 0 nos últimos 15 minutos, é normal que a equipe do Botafogo se atire. Minha equipe veio para um bloco médio, baixo, para que a gente pudesse controlar o jogo e tentasse matar o segundo gol. Infelizmente eles conseguiram um gol de empate e na última bola do jogo praticamente, eles conseguiram de escanteio uma bola que deu a vitória ao Botafogo".
Cabo também foi abordado sobre as escolhas por Madson e Robinho, que não vinham atuando e entraram em um jogo difícil pelas questões físicas. Questionado se foi um risco calculado, o técnico negou.
"Não. Se você olhar os treinamentos das duas últimas semanas do Madson, ele treinou muito bem. [...] Semana passada foi treino aberto, véspera do jogo com o Atlético-MG. Essas duas últimas semanas, como estou falando da semana passada, o Madson subiu muito de produção. Essa semana, sim, ele me deu a segurança para entrar no jogo. Madson está evoluindo muito na questão física e técnica, por isso tive a segurança de botar ele no jogo. Se um jogador que está aqui há dois meses não tiver condição de atuar 30 minutos, ele não vai nem para o banco. Temos que relativizar as questões.
Com a derrota em casa, o CSA permaneceu com seis pontos e caiu para a 19ª posição na tabela. O Azulão já está concentrado para o duelo com o Flamengo. A delegação azulina embarca na tarde desta segunda-feira (10) para Brasília, onde enfrenta o Rubro-Negro na quarta (12), às 21h30, no Mané Garrincha, pela nona rodada da Série A do Brasileirão. O TNH1, a TV Pajuçara e a Rádio Pajuçara FM Maceió - 103,7 acompanham a partida.
Veja outros trechos da coletiva.
Substituições
"A primeira substituição do Madson no lugar do Maranhão. O Maranhão na segunda metade do segundo tempo já não estava conseguindo dar o que tem de melhor, que era o enfrentamento, o um para um, a profundidade de jogo. Então coloquei o Madson. A gente precisava de um cara que controlasse o jogo ali, que chegasse mais da entrada da área, 'pifasse' os jogadores ou finalizasse. E o Matheus pelo lado esquerdo, já que a gente não tinha o enfrentamento e nem o um para um, uma pessoa que controlasse bem o jogo, que encorpasse mais e encostasse mais no Cassiano. [...] Depois do gol, a gente ficou muito instável entre as duas linhas, o Botafogo estava achando muito o passe ali e essas bolas na diagonal para o Diego Souza. Foi quando eu coloquei o Dawhan, aí fui para o 4-1-4-1 para tirar esse passe por dentro".
"[...] Infelizmente o Botafogo achou um gol. E a gente conseguiu ainda controlar o jogo com a substituição, se tornando a equipe um pouco mais agressiva. Tivemos chance de fazer o 2 a 1 em duas ou três oportunidades. Antes do escanteio do gol do Botafogo, eu ia colocar o Victor Paraíba, que o Didira no intervalo já estava sentindo o adutor, ele foi para o sacrifício. Quando fizemos o 1 a 0, eu ia fortalecer no lugar do Didira, para que a gente pudesse sim na hora da roubada de bolar, ter uma saída de mais forte, para que a gente pudesse sair mais e tentasse matar o segundo gol. Mas quando ele foi entrar, a gente acabou tomando o segundo gol. Mas quando ele foi entrar, a gente acabou tomando o gol. Mudei a alteração para colocar um jogador mais ofensivo, mais agressivo, que foi o caso do Robinho".
O jogo
"Estamos muito tristes pelo resultado. Pelo que a equipe produziu, analisando a performance durante todo o jogo. A gente fez talvez 80 a 90% do jogo de um jogo de excelência. Criamos 20 oportunidades de gol, criamos seis, sete oportunidades dentro do gol. Um time que veio para propor jogo, para marcar o Botafogo por pressão. Anulamos todas as ações do Botafogo, mas infelizmente não conseguimos traduzir esse resultado. Tomamos dois gols. O primeiro gol a gente sinalizou que era uma bola no Diego para ajeitar no segundo pau. E o segundo gol, a gente teve um escanteio um minuto antes, não fizemos, tomamos gol de escanteio, onde houve um bate rebate dentro da área".
"É uma derrota muito dolorida pelo que a equipe apresentou, pela reação que a equipe teve do jogo com o Atlético-MG para esse jogo. Mas a Série A é assim. A gente precisava estar mais maduro para poder administrar o placar positivo para que pudesse fazer o segundo gol e matar o jogo. Deixamos o Botafogo crescer nos últimos 10, 15 minutos e aquela jogada já estava sendo desenhada. Por isso coloquei o Dawhan, para poder tirar o passe por dentro e deixar o zagueiro ir para o enfrentamento com o Diego Souza e ter uma cobertura central, que era o caso do Dawhan".
Jonatan Gómez
"Jonatan fez um grande jogo, pena que cansou no final. Pediu para sair. Ele nos deu aquilo que a gente precisava de um jogador da característica dele. Muito combativo sem a bola, e com a bola teve um poder de criação muito grande, ajudando bastante na criação da equipe. Fez uma grande partida".
Foto: Pei Fon / TNH1
Finalizações
"A gente trabalhou muito na semana. Acho que o efeito de trabalho da semana surtiu no jogo. Temos os dados. Foram 20 finalizações, sendo oito no gol. Precisa melhorar. A gente trabalha bastante. Acho que precisa ter a tranquilidade para transformar o volume de jogo em gols. A gente tem trabalhado bastante com os jogadores que a gente tem. Acho que precisa ter um pouquinho mais de tranquilidade na hora de matar o jogo, na hora de finalizar em gol".
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