Uma mulher lutava contra um sangramento intenso desde que começou a menstruar aos 14 anos. As dores se intensificaram depois que ficou sexualmente ativa, aos 16 anos e depois que engravidou de seu primeiro filho, mas nunca soube o motivo das dores ou dos sangramentos. Ela chegou a usar três absorventes e até mesmo fraldas adultas para sanar com o sangramento, mas nada funcionava.
LEIA TAMBÉM
Shannon Webster, 28 anos, ouvia de seus médicos que ela era pequena e que as dores durante o sexo eram “normais” por causa disso. Ela deu à luz ao seu primeiro filho, que agora tem 10 anos, duas semanas antes do esperado, por meio de cesariana, porém os médicos ainda não tinham detectado nada de anormal.
Depois de um aborto espontâneo, porém, o ultrassonografista descobriu que Shannon tinha dois úteros. Ela engravidou novamente de seu filho mais novo, de sete anos, e foi informada de que ela também tinha dois colos do útero e duas vaginas durante um exame com espéculo enquanto estava grávida. Os médicos descobriram que seu primeiro filho havia sido carregado no útero esquerdo, enquanto o segundo estava sendo gerado no direito.
“Depois que tive um aborto espontâneo, o médico disse que eu era diferente. Em um primeiro momento não tinha entendido o que ele quis dizer, até ele me falar que eu tinha dois úteros. Aí eu engravidei novamente e a equipe médica me disse que o bebê estava no meu segundo útero”, explicou Webster.
Disseram-lhe que ela poderia fazer uma operação para remover o septo que une suas vaginas após o parto. Webster teve seu filho em agosto de 2017 por meio de cesariana. "Eles me exibiram para que todos [os médicos] vissem. Era como se eu estivesse em um museu. Foi para que todos pudessem ver meus dois úteros”, disse.
Depois de ter seu filho, Shannon conseguiu fazer uma cirurgia para remover o septo entre suas duas vaginas e encontrou uma pílula que ajuda a aliviar o sangramento intenso.
Em 2020, ela precisou remover sua tuba uterina esquerda após uma gravidez ectópica, o que deixou o útero esquerdo inativo. Suas chances de ter mais filhos agora são muito pequenas.
A mulher ainda luta contra muitas infecções do trato urinário e infecções devido à sua condição e foi recentemente encaminhada para investigar mais sobre o assunto. Ela não menstrua desde setembro de 2023, por causa da pílula.
“Fico absolutamente petrificada com a possibilidade de sangrar novamente”, diz.
LEIA MAIS
+Lidas