Em 2024, a cada segundo, as granjas brasileiras produziram, em ritmo recorde, cerca de 1.800 ovos por segundo. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) que também celebra o aumento do consumo da proteína, que encerrou o ano no maior patamar da história do setor.
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De acordo com as estatísticas da entidade, cada brasileiro consumiu até 263 unidades ao longo de 2024, 21 unidades a mais em relação à 2023, quando o índice chegou a 242 unidades. Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor desta proteína, e mantém níveis de consumo bem acima da média internacional, que é de 230 unidades.
Com este cenário, as expectativas para 2025 seguem positivas, afinal de contas, você também deve ter ficado surpreso com a dieta das influenciadoras Gracyane Barbosa e Virgínia Fonseca que envolve comer até 40 claras e 10 gemas por dia. Mas afinal, isso faz bem ou não? Isso é saudável? Qual é o máximo de ovos que você pode comer por dia?
Segundo a nutricionista, mestre em biologia e docente da Estácio, Sandra Oliveira, o ovo é considerado um alimento completo pois fornece nutrientes indispensáveis ao ser humano e é de fácil digestão. Estudos recentes também indicam que o ovo é uma excelente fonte de colina, um nutriente essencial para o funcionamento cerebral e a saúde do coração.
Pesquisas mostram que o consumo moderado de ovos não está diretamente relacionado ao aumento dos níveis de colesterol no sangue.
“O mito de que o ovo aumenta o colesterol foi desmistificado por novas evidências científicas, mas é importante que pessoas com condições de saúde específicas, como o diabetes, consumam ovos com moderação e sempre sob orientação médica”, complementa Sandra acrescentando que o alimento possui, fósforo, cálcio, potássio, sódio e ferro, provitamina A e várias do completo B, além de outros nutrientes.
Cuidado com a procedência
É importante ter atenção à procedência do ovo. “Atualmente a avicultura modernizada permite obter esse produto com ausência de bactérias contaminantes como Salmonelas e até mesmo a produção de gemas com uma cor laranja mais intensa e mais brilhante são nutricionalmente preferíveis porque contêm mais luteína e zeaxantina, fitoquímicos que contribuem para a saúde ocular” comenta Sandra.
A docente explica que isso é possível graças à biotecnologia aliada às modificações genéticas. “E ainda vale ressaltar os cuidados sanitários que as indústrias de ovos possuem, obedecendo rigorosas práticas de fabricação, que isentam os ovos de problemas microbianos”, complementa.
Para quem não pode ou não deseja consumir ovos, existem opções de substituição em receitas, como o uso de sementes de chia ou linhaça hidratadas, que podem funcionar como ligantes em preparações culinárias, ou produtos como tofu e substitutos comerciais de ovos.
“Para quem tem restrições, é importante buscar alternativas que mantenham a qualidade nutricional da dieta”, finaliza.
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