Brasil está de "braços abertos" para receber refugiados, diz Dilma

Publicado em 27/09/2015, às 18h30
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Por Redação

A presidente Dilma Rousseff é vista em 29 de junho de 2015, em Nova York (Crédito: AFP)

A presidente Dilma Rousseff é vista em 29 de junho de 2015, em Nova York (Crédito: AFP)

O Brasil está de "braços abertos para receber" os refugiados sírios, apesar das dificuldades econômicas que o país enfrenta, disse neste sábado, em Nova York, a presidente Dilma Rousseff.

Em declarações à imprensa à margem da cúpula de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, em Nova York, a presidente sustentou que os problemas atuais não significam que no Brasil "não caibam sempre mais pessoas".

Dilma chamou o Brasil de um "país de refugiados" e lembrou a história do seu pai, um militante comunista proveniente da Bulgária, e a de milhares de sírios que vivem ali.

O Brasil é o país da América Latina que mais recebeu sírios - 2.097 - desde o início da guerra civil naquele país, em 2011.

Com forte tradição de asilo e uma grande comunidade árabe desde o século XIX, o Brasil simplificou em 2013 os trâmites para acelerar a concessão de vistos a pessoas de nacionalidade síria que buscam refúgio e estendeu este programa até 2017.

A prolongação da guerra civil na Síria e as difíceis condições nos campos de refugiados na Turquia e em outros países vizinhos empurraram centenas de milhares de sírios, sobretudo para a Europa, que ainda discute como deve agir diante do fluxo de solicitantes de asilo.

O Brasil abriga atualmente 8.500 refugiados de vários países e entre eles os sírios são, desde o ano passado, a comunidade mais numerosa.

Aqueles que chegam, encontram um país em um período econômico turbulento, em recessão desde o segundo trimestre de 2015, com inflação alta (9,5% em agosto) e dólar supervalorizado perante o real, que caiu ao seu mínimo histórico de mais de quatro unidades por uma da moeda americana.

A guerra na Síria obrigou mais de 3,8 milhões de pessoas a emigrar, enquanto 7,6 milhões tiveram que buscar refúgio em outro local dentro do território sírio, segundo dados do Alto comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).



Fonte: Yahoo


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