As marcas da Segunda Guerra Mundial estão presentes até hoje no nosso planeta. Um dos exemplos disso são as munições e explosivos localizada nas profundezas do mar. Apenas no Mar do Norte e no Mar Báltico, há mais de 1,6 milhão de toneladas de armamento não explodido. Em uma iniciativa pioneira, o governo da Alemanha vai usar robôs pilotados remotamente para limpar os locais.
O projeto foi anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente alemão. Diversas empresas também participam dos trabalhos, como a SeaTerra, uma das responsáveis pelo piloto do projeto na Baía de Lübeck, no norte da Alemanha, costa do Mar Báltico.
As operações duram 24 horas por dia e usam diversos tipos de veículo operados remotamente. Escaneadores de superfície analisam e identificam as munições. Na sequência, rastreadores de mar profundo utilizam lagartas para se mover e recolher o material das profundezas. Garras acopladas a robôs e a navios, por sua vez, recolhem munições mais perigosas, que precisam ser transportadas cuidadosamente devido ao risco de explosão.
Todo o material é separado e colocado em um cano específico. Uma vez cheios, estes canos são levados para uma plataforma, onde serão queimados. A primeira queima de Lübeck deverá ocorrer entre julho e setembro deste ano.
A previsão é que sejam coletadas 50 toneladas de explosivos e munições até o final de 2024. A tecnologia inovadora permite que todos os armamentos sejam retirados do mar em até 30 anos. Pelo método tradicional isso poderia demorar cinco vezes mais.
Munições estão impactando a vida marinha
- A maioria dos armamentos da Segunda Guerra Mundial é de origem alemã e foi despejada no mar pelos Aliados após a vitória no combate.
- Dentre eles, estão granadas, bombas, balas e outras munições.
- Treinamentos militares não catalogados também foram realizados naquela época, o que dificulta saber a localização exata de parte dos materiais.
- Além dos riscos de explosão, os armamentos estão corroendo ao longo do tempo, liberando substâncias tóxicas e potencialmente carcinogênicas.
- Pesquisadores já identificaram peixes e mexilhões contaminados, o que aumenta os riscos para os humanos devido ao consumo destes animais.