Blogueira "não fitness" faz sucesso na internet com posts "fora dos padrões"

Publicado em 07/05/2017, às 10h16

Por Redação

A blogueira Mirian Bottan tem 30 anos, mais de 30 mil seguidores no Twitter e quase 60 mil no Instagram. Ela conquistou esse sucesso nas redes sociais graças às fotos que posta do próprio corpo. Mas, bem diferente da maioria das jovens, ela não esconde as dobrinhas na barriga, nem algumas gordurinhas a mais aqui e ali.

A proposta de Mirian está bem clara já na descrição do seu perfil: “Uma mina dando um pau na bulimia”. A proposta da blogueira é chamar atenção para os malefícios existentes na procura do corpo “perfeito”.

Em tratamento contra a bulimia, um transtorno alimentar que faz as pessoas vomitarem após a refeição, ela resolveu ajudar outras garotas e garotos a enfrentarem o espelho para gostar de si mesmos.

À revista Capricho, em entrevista no mês de março, Mirian contou que aos 13 anos engordou um pouco e passou a querer emagrecer de qualquer jeito. “Li em uma revista a história de um garoto que tinha quase morrido de tanto vomitar depois de comer. Eu estava tão vidrada na ideia de emagrecer que não me importou o fato de ele ter quase morrido, apenas que ele tinha emagrecido“, recorda. Foi quando a bulimia começou a fazer parte da vida dela.

A doença durou 15 anos, mas quando ela emagreceu, perdeu muito cabelo e entrou em depressão. O processo de recuperação dura até hoje. “Na verdade, foi um processo bem longo, que continua. Acho que começou em um dia em que fiz o exercício de escrever o que eu gostaria de ver quando olhasse para trás, no fim da vida”, diz. E conta que decidiu que não queria viver só em função da aparência.

As redes sociais foram transformadas em ferramentas para ajudar pessoas como Mirian foi no passado. “Eu queria muito ter encontrado alguém que fizesse isso quando eu precisei”, desabafa. E ensina: “Para mim, se amar é se respeitar, é tratar a nós mesmas como trataríamos uma pessoa que amamos muito. Não agredir verbal ou fisicamente, não colocar em risco, cuidar, perdoar. Se a gente for nosso próprio incentivador e aliado, jamais estaremos sozinhos”.

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