A Band confirmou o favoritismo e fechou acordo com a empresa Brax para a transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro. O vínculo, confirmado nesta quarta-feira (22), é válido até 2026 e dá exclusividade em TV aberta para a emissora do Morumbi. Quem também está muito próximo de fechar negócio é a ESPN, que seria a dona dos direitos de exibição do torneio para TV por assinatura e streaming.
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As conversas com a Globo, que queria a competição para o SporTV e o Premiere, esfriaram. A líder de audiência, no entanto, ainda segue como possibilidade.
Segundo apurou o Notícias da TV, a Band fará quatro partidas por rodada. Duas delas serão exibidas em rede nacional para todo o Brasil. Outras duas serão regionalizadas com clubes de forte apelo local.
A emissora vai mostrar 152 dos 380 jogos da Série B. Nas quatro temporadas, serão 608 partidas no total. O anúncio deve ser feito nos próximos dias por conta de questões burocráticas da própria Brax, que ainda busca parceiros para outras mídias.
Para ter o torneio, a Band e a Brax repetiram o modelo do Campeonato Carioca, e que também é válido para outros eventos adquiridos recentemente, como a Fórmula 1 e o UFC (Ultimate Fighting Championship): as duas partes vão dividir o faturamento publicitário do torneio.
ESPN também deve exibir Série B - A ESPN fez reuniões nesta semana com a empresa e deverá exibir a Série B também pela primeira vez na sua história. O negócio é para duas partidas por rodada, com exibição também pelo Star+, o serviço de streaming da Disney. O tempo de contrato é o mesmo da Band.
Os jogos da ESPN serão, em sua maioria, diferentes daqueles mostrados pela Band para todo o Brasil. A Brax prometeu separação para agradar os seus parceiros. Para pay-per-view e outros jogos na TV paga no SporTV, a Globo ainda negocia. Mas há divergências em relação a valores e quais partidas podem ser mostradas. Atualmente, as tratativas estão mornas.
Havia risco de a Série B sair da TV aberta porque a primeira rodada de negociações com a empresa IMG não foi considerada boa. Somada todas as propostas, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) conseguiu oferecer apenas R$ 80 milhões.
A situação só destravou após a entrada da Brax. No acordo, a empresa dona do Carioca se comprometeu a pagar R$ 210 milhões em 2023 aos times, que dividem o dinheiro de forma igual como cota de participação. De 2024 até 2026, o valor sofrerá correção monetária. É um pouco mais do que os R$ 208 milhões que a Globo pagava no último contrato.
Além dos direitos de transmissão nacionais, a Brax cuidará de toda a comercialização de marketing e outras propriedades, assim como acontece no estadual do Rio. A estratégia da empresa seria regionalizar as vendas e usar parceiros que acreditam na força local dos clubes da Série B para capitalizar.
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