Bancários lançam campanha salarial nesta quinta e não descartam greve

Publicado em 17/08/2016, às 11h06

Por Redação

Com faixas, bandeiras, protesto nos bancos e caminhada pelo centro de Maceió, os bancários de Alagoas lançam nesta quinta-feira (18) a Campanha Nacional 2016, pela recomposição dos salários, melhores condições de trabalho, garantia de emprego e a ampliação de conquistas na Convenção Coletiva de Trabalho.

O lançamento da campanha em Maceió se dá no mesmo dia em que serão abertas as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A expectativa é que as negociações sejam mais difíceis este ano, razão pela qual não está descartada uma nova greve geral até o início de outubro.

“Vamos fazer de tudo para que os impasses sejam solucionados na mesa de negociação, mas se não houver avanço por parte dos bancos, não resta alternativa a não ser a paralisação. Esta é a linguagem que eles conhecem”, alerta o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Jairo França.

De acordo com o dirigente sindical, apesar da crise econômica, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016. Apesar do faturamento alto, houve 6 mil cortes em postos de trabalho.

O reajuste salarial reivindicado pelos bancários é de 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real). O pedido de Participação nos Lucros (PLR) é de 3 salários mais R$ 8.317,90. Eles também querem que o vale refeição tenha o valor mensal de um salário mínimo (R$ 880,00) e que o piso da categoria profissional seja equivalente ao salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho).

A Campanha Nacional dos Bancários também incorpora este ano a defesa das empresas públicas, como a Caixa Econômica Federal, além da luta contra projetos que tramitam no governo e no Congresso reduzindo direitos e conquistas dos trabalhadores. Entre os projetos estão o da ampliação da terceirização da mão de obra, a reforma da Previdência e a reforma trabalhista.

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