A 30ª Vara Cível da Capital conduziu, nesta sexta-feira (15), uma audiência de conciliação entre a Braskem e representantes dos pescadores afetados pela proibição da navegação em um trecho da Laguna Mundaú, nas proximidades da mina 18, que colapsou nesse último dia 10.
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Os pescadores pedem que a Braskem pague um auxílio financeiro mensal. As tratativas foram iniciadas, porém ainda não foi fechado um acordo. A juíza Isabelle Coutinho Dantas Sampaio, titular da unidade, marcou a continuação da audiência para a próxima segunda-feira (18).
Os representantes dos pescadores ressaltaram que a situação afeta todos que pescam na lagoa, não apenas os que moram na região interditada. Os presidentes das seis colônias de pescadores afetadas participaram da audiência e apresentaram as peculiaridades do caso.
A Braskem expressou preocupações sobre os documentos a serem usados para comprovar quem exerce de fato a atividade na lagoa.
A juíza Isabelle Sampaio frisou que "o Poder Judiciário está sensibilizado com a situação dos pescadores e preocupado com a iminência do recesso natalino. A análise da liminar pleiteada aguardará o desfecho da próxima audiência”.
O Ministério Público de Alagoas participou da discussão, representado pelo promotor Thiago Riff. A Federação dos Pescadores e Aquicultores de Alagoas estava acompanhada dos advogados Eduardo Lopes e Leonardo Torres. A Braskem foi representada pelas advogadas Eliane Carvalho e Maria Dória, e pelo advogado Daniel Jacinto.