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Quadro histórico do PT sugere: “O ideal é Arthur Lira assumir um ministério porque temos de trazer o Centrão para mais perto”

Em 14 de Outubro de 2024 às 06:10

Um dos políticos mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o também petista João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, entende que o governo precisa se preparar para enfrentar a ascensão da direita.

E ele não faz segredo de qual o melhor caminho para isso: fazer do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), integrante da equipe do Palácio do Planalto:

“O ideal é Lira assumir um ministério em 2025 porque temos de trazer o Centrão para mais perto. Precisamos consolidar essa banda do Centrão que dialoga com a gente para a disputa de 2026.”

Condenado e preso pela Operação Lava Jato, João Paulo concluiu o curso de Direito quando ainda estava na Papuda, presídio do Distrito Federal.

Para João Paulo, “o PT envelheceu muito rapidamente”, precisa se reformular,  e  “o governo precisa tomar um chacoalhão. Uma parte grande do Centrão está no governo. O PP, o União Brasil, o Republicanos, o PSD têm ministérios, mas não têm um compromisso para 2026 mais sólido. Precisamos consolidar essa banda do Centrão que dialoga com a gente.”

Sobre Arthur Lira, há algum tempo, ter chamado de “incompetente” o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, argumenta João Paulo Cunha:

“Não vejo assim. O ministro Padilha cumpriu muito bem o seu papel. Todas as matérias importantes do governo foram aprovadas. Se Arthur Lira vier para o governo, vai sentir a situação do outro lado do balcão e pode ajudar muito o presidente Lula a dar estabilidade na relação com a Câmara. Ter os dois compondo o governo é exatamente a projeção daquilo que Lula diz: a união para fazer a Nação prosperar. Arthur seria a expressão do centro para uma aliança mais estratégica com Lula, em 2026.”

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