Familiares de policiais assassinados em Alagoas realizarão uma ato na Avenida Silvio Viana, conhecida como Rua Fechada, no bairro da Ponta Verde, em Maceió, para cobrar rapidez no julgamento dos casos. O ato "Luta por Justiça" será no próximo domingo (14), quando se comemora o Dia dos Pais.
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Larissa Fontes, filha do policial rodoviário federal Luiz de Gonzaga Pereira Santos, assassinado em 10 de maio de 2015, enquanto atendia a uma ocorrência de acidente de trânsito no Carié, povoado de Canapi, contou que o objetivo da família é não deixar que a morte desses policiais caia no esquecimento.
“São tantos casos desde que meu pai morreu, e tantos outros antes dele que caíram no esquecimento, que iremos realizar o ato para mobilizar a sociedade e cobrar justiça”, explicou.
O ato, previsto para começar às 9h, contará também com a participação de familiares do policial federal Ubaldo Costa de Melo, morto em 18 de junho de 2015, durante um assalto a um mercadinho na parte alta de Maceió, e do major Rodrigo Rodrigues, morto em 9 de abril deste ano, durante uma abordagem policial a uma residência de um condomínio de luxo, no bairro de Santa Amélia.
Justiça
Dos três casos, apenas o processo referente ao assassinato do policial Luiz de Gonzaga tem julgamento previsto. De acordo com Larissa Fontes, o júri popular deverá ocorrer no dia 23 deste mês, em Santana do Ipanema.
O TNH1 não localizou informações sobre os outros dois casos no site do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas.
Os crimes
O assassinato de Luiz Gonzaga Pereira ocorreu na BR-423, em Canapi, durante uma ocorrência de acidente de trânsito, em maio de 2015. Após uma breve discussão com o agricultor Jeová Rodrigues de Lima, 65 anos, o agente foi baleado.
Jeová passava pelo local numa motocicleta, sem capacete e aparentando sinais de embriaguez e afirmou aos policiais que disparou por ter ficado com medo de ser preso. Ele segue detido no sistema prisional.
Ubaldo Costa de Melo foi morto em 18 de junho de 2015, durante um assalto a um mercadinho no bairro de Santa Lúcia, parte alta de Maceió. Ubaldo chegou a ser socorrido, mas morreu devido à gravidade dos ferimentos.
Dois suspeitos, identificados na época como Davi Luiz Ferreira, 25, e João Luiz dos Santos Ferreira, 30, foram presos, após serem baleados durante uma troca de tiros com a polícia. Ainda não há previsão de julgamento deste caso.
O terceiro caso é a morte do capitão da Polícia Militar, Rodrigo Moreira Rodrigues, 32 anos. Ele foi assassinado na noite do dia 9 de abril deste ano, durante uma abordagem a uma residência, em um condomínio de luxo, no bairro de Santa Amélia.
O militar, que era lotado no Batalhão de Radiopatrulha, comandava uma guarnição que rastreava o sinal de GPS de um celular que havia sido roubado no bairro do Poço. Ao chegar à residência, onde possivelmente se encontrava o aparelho, o capitão Rodrigo Rodrigues teria anunciado a chegada da polícia. Como não obteve resposta, o militar teria subido no muro e gritado mais uma vez. Neste momento, ele foi atingido com um tiro disparado de dentro da residência.
O suspeito de efetuar os disparos foi identificado como Agnaldo Lopes de Vasconcelos. Ele confessou ter disparado e disse que achava se tratar de um ladrão tentando invadir a residência. Com ele, policiais apreenderam um revólver calibre 38, 12 munições calibre 38, além de cinco munições calibre 357, de uso restrito. Ainda não há previsão de julgamento deste caso.
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