Athletico-PR: Luvas colocam Palmeiras à frente do Corinthians por Rony e jogador peita Petraglia

Publicado em 21/01/2020, às 22h57
Vinícius do Prado - LancePress
Vinícius do Prado - LancePress

Por ESPN

O futuro de Rony ainda não foi definido por causa de uma divergência entre Athletico-PR e os profissionais que gerem a carreira do jogador.

Corinthians e Palmeiras são os principais interessados na contratação do atleta de 24 anos.

A Gazeta Esportiva obteve informações exclusivas e traz detalhes desta polêmica negociação que deve ser concluída até o fim desta semana, para o bem ou para o mal.

Corinthians x Palmeiras

O Corinthians evita ao máximo se expor por ciência da dificuldade do negócio e por receio do que uma nova frustração na torcida pode gerar de pressão em cima da diretoria de futebol depois do 'caso Michael', mas o clube do Parque São Jorge foi, de fato, o primeiro a abrir conversa para tentar adquirir Rony, isso antes mesmo da virada do ano. Luis Augusto Carvalho, o Luisinho Piracicaba, é o intermediário nas tratativas.

O Palmeiras chegou depois e por meio de Anderson Barros, diretor de futebol do clube alviverde, sem a mesma cautela.

A diferença das propostas

Tanto Corinthians quanto Palmeiras estão dispostos a arcar com 6 milhões de euros (R$ 28 milhões) por 50% dos direitos de Rony. O salário do atacante também seria o mesmo nos dois clubes, praticamente o triplo do que ele recebe atualmente, e com validade de quatro temporadas. Nestes quesitos, as tratativas caminham idênticas.

A diferença é que o Palmeiras topa pagar 500 mil dólares (R$ 2,1 milhões) de luvas, uma espécie de premiação pela assinatura do contrato, muito comum nestes casos, e também cogita envolver um jogador de seu elenco na negociação.

O Corinthians, por ora, não propôs pagamento de luvas e, sem isso, dificilmente conseguirá levar o jogador.

A situação pode mudar, mas a cautela é realmente grande pelo lado alvinegro, que sequer colocou a proposta na mesa até agora, tudo segue no campo da conversa.

A proposta do Palmeiras já é oficial.

A preferência de Rony

Sobre Corinthians e Palmeiras, Rony está 'neutro'. Pesa a favor do time alvinegro a relação do jogador com o técnico Tiago Nunes e o encantamento do atacante pela torcida do clube. Mas o respeito por Vanderlei Luxemburgo e a boa relação de Anderson Barros com o empresário de Rony, algo oriundo da época que o dirigente alviverde trabalhava no Botafogo, deixam a situação totalmente 'sem favorito'.

Reuniões decisivas

O futuro de Rony não deve demorar para ser decidido. A reportagem recebeu informações de que há reuniões agendadas para acontecer entre esta terça e quarta-feira entre Petraglia e representantes de Corinthians e Palmeiras, pessoalmente e em momentos distintos.

A expectativa maior entre todos é saber se o Corinthians vai dar uma cartada ou se deixará de vez o caminho aberto para os palmeirenses.

Oficialmente, os clubes paulistas não confirmaram os encontros. O Corinthians, aliás, diferentemente de seu arquirrival, nega até que ainda esteja na disputa por Rony. A postura, porém, contraria o discurso das outras partes envolvidas e é vista com estranheza.

Acordo da discórdia

Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo e responsável pelas decisões no departamento de futebol do clube paranaense, entende que deve repassar, por força de contrato, 1 milhão de dólares (R$ 4,2 milhões) ao staff de Rony, independentemente do valor a ser recebido em uma eventual venda do jogador.

O texto do documento, no entanto, não garante essa condição ao dirigente. O acordo firmado alerta para que no caso de Rony ser comprado por outro clube por um valor acima de R$ 2,5 milhões, quantia esta paga pelo Athletico à época da aquisição do atleta, haveria então um 'equilíbrio' da compensação entre as duas partes.

Como o Athletico-PR está interessado em vender 50% dos direitos econômicos de Rony por 6 milhões de euros (R$ 28 milhões), exatamente a metade da multa rescisória, a situação se enquadraria na observação contratual.

E se assim for feito, no trato, Rony seguiria para seu novo time e dividiria com o Athletico-PR a metade restante de seus direitos, ou seja, cada parte ainda manteria 25%.

Portanto, é importante destacar que houve, sim, uma promessa verbal de Petraglia e Marcio Lara, vice-presidente athleticano, ao staff de Rony, mas não foi só isso. A cláusula existe e o que se tem agora é uma discussão sobre a interpretação do que está exposto no papel, principalmente porque o texto cita 'equilíbrio' e não é direto em dizer que cada parte ficaria com 50%.

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