Virou moda no Brasil, inclusive em Alagoas, a burla ao concurso para acesso legítimo ao serviço público, possibilitando a contratação de pessoas para cargos em comissão ou através empresas terceirizadas.
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Há até uma categoria estranha, porém real: os “precarizados”, que trabalham diariamente, recebem dinheiro pelo serviço e não têm vínculo algum – sequer têm direito a férias, 13o salário e FGTS.
Essas formas de contratação são uma praga que assola os três Poderes, indistintamente, para manipular os beneficiados em momentos de eleição, como o que estamos vivendo.
Para se ter ideia da pressão que é exercida sobre esses “servidores”, comissionados, terceirizados e precarizados são sempre convocados para comparecer a atos políticos dos candidatos da preferência dos gestores, muitas vezes tendo de assinar lista de presença em caminhadas, reuniões e comícios.
Para quem tem automóvel a pressão é mais intensa, pois é obrigado a usar adesivo do candidato preferido do seu chefe.
A isso se convencionou chamar de “assédio eleitoral”, prática nociva que se alastra também em empresas privadas e, infelizmente, é muito difícil de comprovar, pelo risco de demissão de quem se sujeita, por necessidade, a esse tipo de situação.
O Ministério Público e a Justiça Eleitoral estão de olho, mas padecem exatamente pela falta de comprovação do assédio.
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