As ações integradas aliadas ao trabalho das agências de Inteligência têm sido decisivas para Alagoas conseguir combater uma das práticas criminosas que mais causa prejuízos à população em diversos Estados brasileiros: o roubo a banco. As operações realizadas conseguiram desarticular grandes organizações criminosas que atuavam em vários estados do Nordeste e fez reduzir pela metade as ocorrências.
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Em entrevistas recentes à imprensa, o secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, falou sobre os números estatísticos, das ações de combate aos grupos criminosos e do fato de Alagoas ter se tornado uma referência no esclarecimento desse tipo de crime no país.
Dados do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac), da SSP, mostram que o ano de 2017 apresentou uma expressiva redução nas ocorrências de arrombamentos de agências bancárias com uso de explosivos. Naquele ano foram registradas 12 ações, enquanto que em 2016 o número chegou a 23 explosões.
De janeiro a abril deste ano foram contabilizados seis ataques a bancos e Lima Júnior alerta para a eficiência do trabalho realizado que conseguiu prender todos os autores das ações criminosas. No mês e fevereiro 19 pessoas foram presas durante uma operação integrada. As prisões aconteceram em Alagoas, Bahia e Pernambuco e tiveram ainda o apoio das polícias destes estados.
Já em abril duas operações integradas, realizadas em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piauí, teve um saldo de 15 pessoas presas todas responsáveis por ataques a agências bancárias na região.
“Quando prendemos as organizações que praticam este tipo de crime fica muito claro que atuam em vários Estados e tem uma logística de guerra, digo isso pelo armamento que usam. São sempre fuzis e explosivos. Vemos que são pessoas que tem uma vida voltada para o crime. Isso mostra que não há relação com o período eleitoral. São pessoas ligadas ao crime, ao tráfico de drogas e muitos deles são faccionados. O dinheiro que é subtraído do banco é revertido às organizações criminosas e para enriquecimento próprio”, explicou.
Para o secretário Lima Júnior a integração existente entre as polícias dos Estados nordestinos tem contribuído para que Alagoas consiga ter um volume alto de casos resolvidos.
“As Inteligências, as forças táticas dos estados do Nordeste se comunicam, o que dificulta que as células criminosas se instalem em um estado e sigam cometendo vários crimes. Outro fator importante tem sido a troca de informações entre secretários de segurança por meio das reuniões entre os gestores do Nordeste e também do Conselho Nacional de Segurança Pública, onde fortalecemos este contato”, afirmou.
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