As implicações para Rodrigo Cunha num eventual acordo entre Renan Calheiros e Arthur Lira

Há um aspecto interessante na possibilidade de o senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado federal Arthur Lira (PP) se aliarem para disputar, em dobradinha, as duas vagas para senador em Alagoas: a situação do senador Rodrigo Cunha (Podemos).

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É que em 2026 Rodrigo Cunha e Renan Calheiros tentarão renovar o mandato no Senado e, havendo o acordo Lira-Renan, estaria politicamente inviabilizada, pela força política de ambos, uma eventual terceira via – inclusive o nome de Cunha.

Restaria a Rodrigo Cunha tentar se viabilizar para ser companheiro de chapa na reeleição do prefeito João Henrique Caldas (PL) em 2024, sendo seu vice e em 2026 assumindo a prefeitura de forma efetiva caso, como se especula, JHC renuncie ao cargo para concorrer ao governo do Estado.

Uma vantagem para o senador do Podemos é que sua primeira suplente, Eudócia Caldas, é mãe do prefeito JHC e seria efetivada como senadora por dois anos.

Uma desvantagem é que pelo menos três outros nomes fortes estão no páreo para essa vaga de vice-prefeito no próximo ano.

São eles o presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Nvaes Netto, muito ligada a JHC; Jó Pereira, ex-deputada estadual, Secretária Municipal de Educação e prima do deputado federal Arthur Lira; Davi Davino Filho, ex-deputado estadual, também secretário da atual gestão municipal, filiado ao PP de Lira e que concorreu à prefeitura em 2020 contra JHC.

O desdobramento desse autêntico jogo de xadrez, especialmente para Rodrigo Cunha, só vamos saber na próxima movimentação do tabuleiro.

Até lá é tudo apenas expectativa e especulação.