Arthur Lira, sobre a relação com o governo Lula: “Não posso torcer contra, tenho que torcer a favor”

Embora mais uma vez tenha sido cancelada a reunião com o presidente Lula (PT), prevista para esta terça-feira (15), quando iniciariam as definições sobre a participação de partidos do Centrão no governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), diz que mantém boa relação com o chefe do Executivo e que se falam regularmente por telefone.

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Lira continua a defender uma reforma ministerial que reforce a base do governo na Câmara, como revela o jornalista Naian Lucas Lopes, no portal “IG”.

“A presidência da Câmara tem uma excelente relação com a Presidência da República, temos que ter essa relação, temos essa relação, mas ela nem de longe é pautada por essa participação (em ministérios). Somos facilitadores para que as matérias caminhem, quanto mais base o governo tiver, mais fácil o meu trabalho, mais fácil o do governo. Não posso torcer contra, tenho que torcer a favor. Agora quem tem que construir é o governo no tempo dele”, diz Lira.

O parlamentar considera naturais eventuais divergências:

“É o famoso problema dos governos de coalizão. O governo se elegeu, não elegeu maioria no Congresso e tem que fazer essa maioria de uma maneira organizada”.

Arthur Lira, porém, revela não ter gostado de declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), sobre o que considera “grande poder” da Câmara dos Deputados:

“Nós ficamos surpresos. Acho que foi inapropriado, talvez um relaxamento excessivo do ministro em uma entrevista. Na Câmara, como instituição, assim como o Senado, trabalham sempre com harmonia nesses temas (de economia). Não há nenhum desencontro em relação a isso.”