O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), foi entrevistado nesta sexta-feira (19) pela Globonews e externou sua posição sobre as repercussões negativas do Projeto de Lei , aprovado pela Casa, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.
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“O colégio [de líderes] errou quando não viu o resto do projeto e o resto do projeto foi que deu uma versão horrenda a uma discussão que todos nós temos aversão”, disse.
Na sua fala, detalhou as providências a respeito do episódio:
“Para não se impor uma visão que às vezes não é correta, se recuou, se colocou e se colocará uma relatora mulher equilibrada, nem de um lado nem de outro, com várias discussões, audiências públicas, seminários, congressos, conduzidos pela bancada feminina a respeito da assistolia [fetal], não do que nós temos de legislação para aborto, porque isso não passa no Congresso”.
E complementou:
“Não teria a Câmara votado de forma simbólica e unânime se fosse para tratar de aborto. Isso foi uma pauta mal conduzida com relação às versões que saem, principalmente as versões publicadas”.
Sobre o desentendimento público com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Arthur Lira explicou:
“Eu mal falo da articulação política do governo. Quando me posicionei, foi porque o clima estava chegando em um nível que eu fazia a seguinte análise: um presidente da Câmara que veio de uma posição antagônica, que dá o apoio que eu dou a um governo que precisa de uma maioria que não tem, e o tempo todo ele é vítima de matérias mentirosas, fake news plantadas por quem não deve? A articulação estava do avesso”,
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