Em uma noite tensa, dentro e fora do gramado do Maracanã, a Argentina venceu o Brasil nesta terça-feira (21), por 1 a 0, em confronto pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
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O resultado agravou ainda mais a crise na equipe comandada por Fernando Diniz, agora apenas na sexta colocação do classificatório -a última que garante vaga para o Mundial de 2026-, com sete pontos em seis jogos disputados.
Depois de perder para Uruguai e Colômbia, e pela primeira vez acumular duas derrotas consecutivas nas Eliminatórias, o Brasil viu a marca negativa ficar ainda pior.
Foi a quinta derrota brasileira em nove jogos disputados neste ano, três deles disputados sob o comando de um treinador interino, no amistosos contra Marrocos (2 a 1) e Senegal (4 a 2).
Em julho, Fernando Diniz, técnico do Fluminense, foi anunciado para dirigir a seleção também de forma interina, sem se desligar do clube, durante um ano, enquanto a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) aguarda a chegada do italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, com quem a entidade diz ter um acordo.
A despeito das expectativas da formação de uma equipe organizada na defesa e agressiva no ataque, sob o comando de Diniz o Brasil tem decepcionado.
Depois de vencer Bolívia e Peru, empatou com a Venezuela, e perdeu para Uruguai, Colômbia, e agora para a Argentina.
Atuando sem Neymar e Vinicius Junior, machucados, a seleção brasileira sofreu novamente com a falta de poder de fogo de seu ataque. Com exceção de uma chance clara desperdiçada por Gabriel Martinelli, o goleiro Emiliano Martínez teve pouco trabalho.
Os brasileiros até fizeram a bola rondar a área adversária, mas pecavam no passe final e nas finalizações. A Argentina, mesmo com Messi em noite pouco inspirada, conseguiu buscar a vitória com um gol aos 18 minutos de cabeça, quando Otamendi marcou de cabeça após cobrança de escanteio de Lo Celso.
Antes do fim, a equipe de Diniz ainda teve um jogador expulso, aos 36 da etapa final, quando Joelinton recebeu vermelho direto por acertar o rosto de De Paul.
Com um a menos, ficou ainda mais difícil de evitar a primeira derrota da seleção brasileira em casa em jogos pelas Eliminatórias.
A partida desta terça, prevista para às 21h30, começou com cerca de meia hora de atraso por causa de uma briga nas arquibancadas, envolvendo torcedores dos dois países, policiais e agentes de segurança do estádio.
Crédito: Folhapress.
Pelo menos oito pessoas foram detidas de acordo com a Polícia Militar, que não informou o número exato de feridos até a conclusão deste texto.
O duelo foi tratado como um possível último jogo oficial em solo brasileiro. O camisa 10 teve uma atuação apagada, quase não tocou na bola e deixou o gramado com 32 minutos do segundo tempo.
Antes de a bola rolar, o craque parecia mais ativo. Ele ameaçou, inclusive, abandonar a partida diante da insegurança no estádio. Primeiro, ele e seus companheiros tentaram pedir calma aos torcedores, que entraram em conflito em um setor que fica atrás de um dos gols.
Depois, com a situação ainda fora de controle, os argentinos resolveram deixaram o gramado, orientados inclusive pelo camisa 10.
Somente cerca de meia hora depois, quando as forças de segurança conseguiram controlar a confusão, o time visitante retornou para o gramado.
Aos 36 anos, o futuro de Messi na seleção ainda é uma incógnita. O título conquistado na Copa do Mundo do Qatar o fez renovar o desejo de representar seu país, mas este deverá ser provavelmente o último ciclo de Copa dele. Por isso, é improvável que ele retorne ao Brasil para jogos oficiais.
Pelo menos, apesar da confusão que também afetou torcedores argentinos, ele voltará para casa com uma vitória para se recordar.
BRASIL
Alisson; Emerson Royal, Marquinhos (Nino), Gabriel Magalhães (Joelinton) e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães (Douglas Luiz); Raphinha (Endrick), Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli (Raphael Veiga). T.: Fernando Diniz
ARGENTINA
Emiliano Martínez; Nahuel Molina, Cuti Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); De Paul, Enzo Fernández (Paredes), MacAllister e Lo Celso (Nico González); Lionel Messi (Di María) e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). T.: Lionel Scaloni.
Local: estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Piero Maza Gomez (CHI)
Assistentes: Claudio Andres Urrutia Cordova (CHI) e Miguel Andres Rocha Svigilsky (CHI)
VAR: Juan Ignacio Lara Luco (CHI)
Amarelos: Carlos Augusto, Raphinha e Gabriel Jesus;
Vermelho: Joelinton
Gol: Otamendi (17'/2ºT)
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