Por Paulo Victor Malta
O técnico Argel Fucks comemorou muito a primeira vitória do CSA sob o comando dele no Rei Pelé. Após o triunfo por 2 a 0 diante da Chapecoense em Maceió, o treinador concedeu entrevista coletiva, elogiou a atuação da equipe, a estratégia utilizada e afirmou que o mais importante foi mostrar força em casa e entrar novamente no campeonato.
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"De um modo geral nossa equipe fez uma grande partida. Poderíamos ter feito um jogo muito mais tranquilo. Se o pênalti tivesse entrado, certamente era jogo para a gente ganhar de 3, de 4 gols, principalmente pelo volume de jogo, pelas oportunidades que a gente teve, pela imposição que a gente teve. Foi uma equipe organizada, que soube agredir o adversário. Claro que, quando você perde um pênalti, isso gera uma intranquilidade muito grande. Nosso time ficou um pouco nervoso. A gente tentou acalmar todo mundo, apaziguar, que o futebol é assim, acontece. Tanto que o mesmo jogador que perdeu o pênalti acabou fazendo o gol (Alecsandro). O mais importante era a gente ganhar esse jogo, mostrar nossa força dentro de casa, entrar novamente no campeonato", discursou.
Foto: Pei Fon / TNH1
Foi a primeira vez que o CSA marcou mais de um gol no mesmo jogo nesta volta à Série A do Brasileirão. O Azulão também voltou a vencer como mandante, o que não acontecia desde o dia 27 de maio, quando bateu o Goiás por 1 a 0 na sexta rodada. Com a vitória sobre a Chape, o time alagoano passou o catarinense na tabela, chegou aos 15 pontos e pulou para a 18ª colocação. O próximo compromisso do CSA é contra o São Paulo no domingo (15), às 19h, no Morumbi, no encerramento do primeiro turno.
Veja outros trechos da coletiva.
O jogo
"Acho que fizemos uma grande partida. Viemos de uma evolução. Tínhamos jogado muito bem contra o Bahia, o resultado mais justo lá seria pelo menos um empate. Hoje era um jogo contra um adversário direto. Eu falei para vocês, quando a gente fecha o treino, é para fazer alguma surpresa, e vocês mesmos acharam que a gente ia jogar com três volantes. Nós não jogamos com três volantes. Colocamos o Dawhan pelo lado direito na lateral para marcar o Arthur Gomes, que é um jogador muito rápido da Chapecoense. Colocamos o Bustamante juntamente pelo lado direito para dar esse suporte com o Dawhan, e abrimos o Apodi pelo lado esquerdo para marcar o Eduardo. O Apodi joga pelos lados, é um jogador de extrema velocidade".
Foto: Pei Fon / TNH1
"Demorou uns 30 minutos para a Chapecoense entender a nossa escalação. Quando a gente fecha o treinamento é porque queremos treinar uma estratégia diferente para esse tipo de jogo, até porque a gente sabia como a Chapecoense vinha. É mérito dos jogadores. Quando a gente achar interessante e oportuno fechar o treinamento, nós vamos fechar. Que a gente vai treinar uma forma diferente de atacar, de jogar. Tanto que o começo do jogo é fulminante, conseguimos neutralizar e atacar o adversário. Fizemos quatro gols para valer dois. Um estava impedido, o outro foi marcada uma falta. No campeonato todo, fizemos cinco gols e em um jogo conseguimos fazer quase o que tínhamos feito no campeonato todo. Fizemos uma boa partida, o placar poderia ser muito mais elástico. Se a gente tivesse feito o pênalti, e o pênalti só erra quem bate. Se o Alecsandro errou é porque ele treinou durante essa semana. A primeira opção é o Alecsandro, a segunda é o Jonatan Gómez e a terceira é o Carlinhos".
Pênaltis
"Uma coisa que me deixa muito satisfeito até porque a gente trabalha 24h dentro do clube, não é à toa que o Jordi em dois jogos pega dois pênaltis seguidos na Série A do Campeonato Brasoleiro. Isso é mérito do trabalho do preparador de goleiro, do Gustavo. Só para vocês terem uma ideia, hoje o Gustavo junto aos goleiros Jordi, João Carlos e Fabrício, passou mais de 10 pênaltis do Everaldo. Os últimos 10 pênaltis do Everaldo foram mostrados em filmagens para eles verem onde o Everaldo batia. Isso é trabalho, é se preparar para ver onde o jogador vai bater, como aconteceu lá com o Arthur também. O Gustavo e a comissão técnica também buscaram os últimos 10 pênaltis batidos pelo Arthur".
Foto: Pei Fon / TNH1
"Isso é um trabalho em conjunto. E claro que a qualidade do Jordi. Pelo que o Jordi tem apresentado nos jogos. Tem uma confiança muito grande, vive grande fase e tem uma sombra muito boa. O João fazendo com que ele cresça, o Fabrício fazendo com que ele cresça. Agora o trabalho dos goleiros com a comissão técnica é importante porque dá resultado. Na hora do jogo o Jordi foi fundamental. Se toma o empate novamente ia gerar uma intranquilidade, o adversário cresce na partida".
Tática
"O mais importante foi que a equipe fez uma boa partida, consistente, uma disciplina tática muito bem elaborada, um sistema de jogo que a gente tem. Nós jogamos dessa forma lá com o Bahia, jogamos aqui novamente, no 4-2-3-1, é um sistema que equilibra melhor a nossa equipe. Gostei muito da entrada do Safira, entrou com uma vontade muito grande, brigando pela bola".
Alecsandro
"O Alecsandro conseguiu fazer o gol e isso é importante, tira um peso também das costas dele. A gente sabe da qualidade que ele tem, mas o centroavante vive de gol e fazia tempo que ele não marcava. Isso acontece com vários centroavantes. O Fred viveu seca, o Guerrero viveu seca, o Nico López passou 20 e poucos jogos sem fazer um gol e agora voltou a fazer. Agora com certeza vai ter uma confiança maior".
Foto: Pei Fon / TNH1
Briga pela permanência
"Ganhamos com mérito, convencemos, agora não fizemos mais do que nossa obrigação. Ainda faltam, no mínimo, nove vitórias. Então temos aí 20 jogos ainda para jogar, precisamos ganhar mais 9 para daí começar a clarear alguma coisa de permanência na Série A".
Naldo
"A gente deu liberdade ao Naldo. Fizemos isso com o Naldo, é um jogador que tem muita força, que se impõe muito, altamente competitivo, tem condição física muito grande. Demos essa liberdade para ele sair mais para jogar e o João Vitor ficar um pouquinho mais, até porque o João vem jogando há muitos anos como primeiro volante. A gente faz com que o Naldo se junte ao Jonatan Gómez para fazer esse terceiro homem de meio-campo com uma chegada na frente, para chutar fora da área, chegando para cabecear, ele é um jogador alto, forte".
Foto: Pei Fon / TNH1
"Isso é um treinamento que a gente faz no dia a dia, liberdade que estamos dando ao jogador. Agora a confiança que ele está tendo. Já fez uma partida impecável contra o Bahia, muito boa. Hoje conseguiu jogar ainda melhor do que lá. Estamos dando liberdade. Acabou saindo do jogo extenuado com cãibras. Mas isso é um trabalho do atleta, do dia a dia, estamos dando liberdade para extrair o máximo que o jogador tem".
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