A tentativa de fraude ao concurso da Polícia Civil, cujas provas foram realizadas nesse domingo, em Alagoas e mais dois estados, chamou a atenção pela ousadia dos criminosos. Quatro deles foram presos no Recife, um dos locais de prova, e um em Maceió, onde o coordenador da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), delegado Gustavo Xavier, descobriu que a aprovação no certame público custaria R$ 60 mil a um dos investigados.
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“Ele [investigado] nos relatou, durante interrogatório, que pagou dez mil reais pelo ponto eletrônico que utilizaria durante ao exame. Além disso, caso fosse aprovado, desembolsaria outros cinquenta mil reais”, contou o delegado, acrescentando que segue com as investigações no sentido de identificar outros possíveis integrantes do grupo que se especializou em fraudar concursos.
“O mais importante é que a lisura do concurso foi preservada. Evitamos que a fraude se concretizasse e, com isso, houvesse prejuízo à realização das provas”, emendou o coordenador da Deic.
Quem se inscreveu no certame para concorrer a uma das 500 vagas disponíveis para os cargos de escrivão e agente de polícia relatou que a banca examinadora, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), manteve o rigor quanto ao porte e/ou uso de materiais eletrônicos durante a prova, submetendo todos os candidatos à revista com uso de detectores de metais. Por meio de nota, o Cebraspe confirmou que o certame está mantido.
As provas também foram aplicadas em Pernambuco e Sergipe em virtude das restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Em respeito aos protocolos sanitários, a exemplo do distanciamento social, os candidatos residentes em Sergipe fizeram as provas em Aracaju, enquanto os residentes em Pernambuco participaram do processo seletivo no Recife.