Dois dias antes da convenção partidária, a cúpula do PT avalia a hipótese de indicar um vice tampão para atuar como um porta-voz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até que uma decisão definitiva sobre a composição da chapa. Lula será consultado sobre a possibilidade.
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A ideia ganhou força durante esta semana, quando passou a circular internamente o rumor de que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinaria a necessidade de indicação do vice até a segunda-feira (6).
Até esta quinta-feira (2), quando o TSE confirmou à Folha de S.Paulo essa determinação, a estratégia petista era aguardar até dia 14, véspera do prazo final para registro da candidatura.
Essa estratégia era amparada em eleições passadas, quando, diante da mesma lei, prevaleceu a possibilidade de delegar para instâncias partidárias a definição do vice.
Agora, no entanto, dirigentes petistas avaliam como temerária a hipótese de confronto ao tribunal.
A assessoria jurídica do partido está sendo consultado sobre essa possibilidade.
Outra opção à mesa é indicar a deputada estadual Manuel D"Ávila (PCdoB) na convenção de sábado. Sua indicação foi fortalecida graças à atuação do PCdoB na costura do acordo que afastou o PSB do palanque do pedetista Ciro Gomes.
Manuela é apontada como vice preferida do PT. Mas, pelos planos originais, seu nome só seria anunciado no dia 14, ou mesmo depois.
Com a informação da assessoria do TSE, no entanto, o PT pretende indicar um nome com credencial para representar Lula em debates e atividades políticas.
Esse laranja não seria o substituto de Lula, caso o ex-presidente seja mesmo impedido de concorrer. Mas seu porta-voz. Mais adiante, ele cederia a vaga a Manuela.
O problema é convencer Manuela abrir mão da candidatura à Presidência para esperar, em um banco de reserva, sua escalação para a chapa.
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