Ao menos 13 pessoas foram vítimas do homem que vendia casas como se fossem dele em um conjunto habitacional localizado no Conjunto Eustáquio Gomes, no bairro Cidade Universitária, em Maceió. A informação foi compartilhada nesta terça-feira (10) pelo delegado Leonan Pinheiro, responsável pelas investigações. "Depois da prisão, mais 12 vítimas procuraram a polícia para denunciar que foram lesados pelo estelionatário e em todos os casos ele vendeu imóveis que não eram dele", disse o delegado.
LEIA TAMBÉM
O suspeito de estelionato está preso desde ontem (09), após ter sido denunciado por ter recebido R$ 60 mil como pagamento de um imóvel e sumido logo em seguida sem dar explicações ao comprador. De acordo com uma das vítimas, o suspeito de iniciais P.L.G.M.A, de 33 anos, se apresentava como advogado e durante as visitas ao condomínio, para que os compradores fizessem avaliações das casas, portava procurações que lhe davam poderes sobre os imóveis.
"Ele se apresentou a mim lá no condomínio dizendo que tinha procuração e me ofereceu dois imóveis. Eu paguei R$ 11 mil, valor correspondente à chave de um imóvel, e uma segunda pessoa pagou R$ 55 mil, que seria já para quitar a dívida. Desde então o contato com ele foi ficando cada vez mais difícil até que ele sumiu. Cheguei a procurá-lo em três endereços, inclusive na casa da mãe dele, mas desisti até que soubemos da notícia da prisão", detalhou uma das vítimas ao TNH1.
A vítima, que pediu para não ser identificada, é policial militar e conta que existe um grupo de conversa formado por pessoas lesadas pelo suspeito. O valor estimado obtido por meio dos golpes somente com um grupo de seis vítimas ultrapassa R$ 250 mil. "Tenho conhecimento de seis casos em que pessoas foram lesadas por ele. Além de mim, que perdi R$ 11 mil, são três de R$ 60 mil, um de R$ 55 mil e outro de R$ 5 mil. Agora estamos movendo uma ação na defensoria para tentar ressarcimento ", acrescentou.
P.L.G.M.A segue preso. Ontem (09) a polícia disse que o suspeito já havia transferido o dinheiro do último golpe para a conta de terceiros. Um dos beneficiários, inclusive, já foi preso por envolvimento no tráfico de drogas e homicídio, de acordo com as informações da polícia ao TNH1. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do suspeito, mas deixa o espaço aberto para caso queira se manifestar.
LEIA MAIS
+Lidas