Uma polêmica escatológica se transformou em adubo nas prateleiras. Depois de virar assunto nas redes sociais — por manter, em sigilo, um perfil anônimo no Twitter dedicado à divulgação de seu fetiche sexual por fezes e urina —, o ator Fernando Mais, intérprete do personagem Zecão nos filmes da franquia da "Turma da Mônica", se tornou o autor mais vendido no país na categoria "ficção erótica".
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Segundo o site de vendas Amazon, o livro "Quero Scat — O sexo com cocô, mijo e peidos", lançado pelo ator em maio deste ano de maneira independente, assumiu o primeiro lugar, nesta semana, entre os títulos mais vendidos de ficção erótica no Brasil. O calhamaço de 550 páginas se dedica a mostrar, por meio de textos e imagens, que "o sexo com cocô existe", como informa a publicação. "O livro é dedicado àqueles que possuem o fetiche, simpatizantes, curiosos e fetichistas de 'mente aberta' para outras possibilidades", descreve a obra.
O ator jura, porém, que não gostaria de estar vivendo isso. Na madrugada desta segunda-feira (10), Fernando Mais usou as redes sociais para ressaltar que a repercussão do assunto acontece contra a própria vontade. Ele diz que jamais teve a intenção de tornar público o tal fetiche grotesco, e por isso mantinha o pseudônimo Gustavo Scat nas redes — sem nunca se identificar — para tratar do tema.
"Um perfil montou um dossiê de fotos minhas para provar que meu 'perfil pessoal' e meu 'perfil pseudônimo' eram a mesma pessoa. Minha intenção nunca foi misturar as coisas. Fizeram isso por mim", lamentou o ator, por meio de um post nos Stories do Instagram.
Desde que o caso veio à tona, Fernando Mais passou a receber dezenas de ameaças. Na madrugada desta segunda-feira (10), o ator fez um apelo por meio das redes sociais. "Tô sofrendo um assédio psicológico gigantesco. Preciso de ajuda", afirmou ele. "São milhares de pessoas contra mim por um gosto diferente? Querem acabar com meu profissional, com meu relacionamento, com a minha vida toda! Até onde querem ir?", questionou ele, acrescentando que está "totalmente perdido".
Por mais que as vendas do livro tenham sido alavancadas após a polêmica, o ator — que manteve um blog, por cinco anos, exclusivamente voltado para o tal assunto — diz que não está colhendo os louros pela publicação. Segundo ele, até o último domingo (9), ele havia arrecado R$ 1.410 pela obra, que lhe custou mais de R$ 4 mil.
Para se defender dos ataques que vem recebendo, ele reforça que o tal fetiche não designa crime no país, a despeito de médicos alertarem acerca dos graves riscos para a saúde. "Eu não tenho problema nenhum com a minha aceitação dos meus fetiches. O problema é toda a situação que estou vivenciando", manifesta-se. "Não é possível que as pessoas acham fetiche em cocô mais absurdo do que milhares de pessoas matando a vida de alguém", acrescenta ele.
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