O Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML de Maceió) divulgou na manhã deste domingo (14) a conclusão na necropsia no corpo do recém-nascido Heitor da Silva Santos, natural de Chã Preta. O exame cadavérico realizado no corpo da criança revelou indícios de asfixia mecânica por sufocação.
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“Importante destacar que, durante o exame, não foram encontrados sinais de espancamento. Não houve a presença de equimoses ou fraturas, que poderiam indicar violência física”, explicou o perito médico legista João Paulo, responsável pelo exame.
No entanto, o perito médico legista destacou que ainda não foi possível determinar se a sufocação ocorreu de forma direta ou indireta. Ele explicou que a sufocação direta acontece quando as vias aéreas são obstruídas por algum obstáculo, e a indireta, quando há compressão do tórax que impede sua expansão, como pode ocorrer em casos acidentais, por exemplo, quando um adulto dorme sobre a criança.
Para aprofundar a investigação e obter mais informações, foram coletadas amostras de sangue, humor vítreo e conteúdo do estômago do recém-nascido. Esses materiais biológicos serão encaminhados para o Laboratório Forense do Instituto de Criminalística para a realização de exames complementares que ajudarão a esclarecer as circunstâncias da morte.
O corpo de Heitor da Silva Santos, de apenas 21 dias de vida, foi liberado para sepultamento. O perito médico legista João Paulo aguardará o resultado dos exames complementares para emitir o laudo cadavérico.
O caso - Na última sexta-feira (12), após a notícia da morte do bebê de 21 dias, a Polícia Militar foi até a casa da família e prendeu a mãe, que estava sendo considerada suspeita.
O delegado Wladney Silva afirmou à TV Pajuçara que o caso estava sendo tratado inicialmente como suspeita de infanticídio. A polícia havia colhido informações com Conselho Tutelar da região e informou que a mulher tem um histórico de problemas com bebidas. "Já tem um filho que é criado com os avós por conta disso. Ela alega que não foi ela, que amanheceu assim. Os vizinhos ouviram o menino chorar e depois não chorou mais", disse o delegado.
*Com informações da assessoria da Polícia Científica