Após mais de 60 dias de ocupação, manifestantes deixaram, na manhã deste domingo (17), a sede do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no bairro do Jaraguá, em Maceió.
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No início da ocupação, o ato tinha como objetivo chamar a atenção da sociedade para a extinção do Ministério da Cultura (MinC). Com o anúncio de recriação do MinC, no mês de maio, diversos grupos de artistas, cantores e produtores culturais decidiram permanecer no Iphan em protesto permanente contra o presidente interino Michel Temer.
De acordo com uma das manifestantes do ato em Alagoas, Nina Magalhães, a Justiça havia expedido na última quarta-feira (13) uma ordem de reintegração de posse para o grupo deixar o espaço onde funciona a autarquia federal ligada ao Ministério da Cultura.
“Como o prazo de reintegração era de 72 horas, entramos em contato com o pessoal do Instituto para nos deixar realizar um último ato, ontem, que foi a "Virada Cultural Fora Temer", conta.
Ainda segundo Nina Magalhães, com o pedido de reintegração de posse havia a possibilidade de um confronto com a polícia.
“Nós sempre prezamos pelo diálogo, mas sempre há essa possibilidade de confronto. E desde a nossa entrada no prédio priorizamos a segurança dos objetos culturais e todo o acervo histórico. Não queríamos nenhum tipo de dano ao patrimônio”, explica.
A ocupação
A sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no bairro de Jaraguá, em Maceió, foi ocupada por artistas alagoanos de vários grupos, no dia 19 de maio. A medida faz parte do protesto do segmento contra a extinção do Ministério da Cultura, transformado pelo governo interino como Secretaria vinculada ao Ministério da Educação.
Participam cerca de 100 atores, artistas plásticos e músicos, além dos grupos Movimento Mova e Pupfizz. De acordo com os organizadores, essa é uma ação do Movimento Cultura Contra o Golpe/AL, que além de discutir a pauta do desmonte do Ministério da Cultura, também discute a extinção de diversos outros ministérios e pastas importantes. Mas, que acima de tudo não reconhece o ilegítimo governo de Michel Temer.
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