Polícia

Após fugir de Arapiraca, pai acusado de estuprar duas filhas é preso no interior pernambucano

João Victor Souza* | 04/07/24 - 10h31
Ascom PC-AL

O homem de 51 anos acusado de estuprar as próprias filhas, com 13 e 11 anos à época, no município de Arapiraca, foi preso por agentes do Núcleo de Investigação Especial (NIESP) da Delegacia-Geral da Polícia Civil de Alagoas, nessa quarta-feira (03). Ele estava foragido da Justiça e foi localizado na cidade de Jupi, em Pernambuco. Os crimes foram registrados em 2019.

A prisão do foragido foi a segunda efetuada pelos policiais civis alagoanos em Pernambuco em aproximadamente 24 horas. No dia anterior, um homem, que também estava escondido, foi capturado em Correntes, outro município do estado vizinho, por ter estuprado a própria enteada. 

"Essa é mais uma prisão importante, efetuada pelo NIESP, cujos agentes permaneceram por dias no estado de Pernambuco e com a ajuda da Polícia Civil local, destaco, que na terça em Correntes, contamos com o apoio do Delegado Alisson Câmara e equipe e ontem, em Jupi, com o apoio da Delegada Graça Canuto e dos policiais civis daquela Unidade, conseguimos capturar mais esse criminoso, que foi localizado na zona rural do município, no Sítio Santa Rita, momento em que foi surpreendido pelos agentes do NIESP, não tendo chances de oferecer resistência. O homem, que fugiu do município de Arapiraca, ainda no ano de 2019, logo depois que as filhas revelaram os vários abusos sexuais sofridos, durante anos, para genitora, passou a morar em cidades outras em Pernambuco, até montar domicílio em Jupi, que no caso, é sua terra natal”, frisou o delegado Sidney Tenório. 

O homem de 51 anos negou a prática do crime e disse acreditar que não seria mais descoberto pela polícia. Ele buscou jogar a culpa das acusações na ex-companheira, sendo que o inquérito policial lavrado na época, foi robustecido de provas testemunhas e técnicas, que comprovaram os abusos sexuais, ocorridos de forma reiterada. 

O preso foi transferido para Central de Polícia de Arapiraca, onde aguarda ser submetido à audiência de custódia, para depois ser encaminhado ao sistema prisional de Alagoas.

"Em Jupi, o criminoso buscava viver uma vida pacata, montou outra família e trabalhava como pedreiro, como se nada tivesse acontecido. A prisão chocou os moradores da pequena comunidade do Sítio Santa Rita, que tratavam o criminoso, obviamente, sem saber do seu passado, como um cidadão de bem", destacou a polícia. 

O crime

Apenas em setembro de 2020, a mãe das vítimas denunciou os atos libidinosos contra as meninas, que contavam, à época dos fatos, com 13 e 11 anos de idade. A mulher informou à autoridade policial que se encontrava separada do então companheiro, o acusado, desde dezembro de 2019, em razão de as filhas terem noticiado os fatos, que foram levados, em posterior, ao conhecimento do Conselho Tutelar de Arapiraca. O denunciado, então, fugiu.

"Naquele tempo, a mãe das vítimas teria percebido a mudança de comportamento por parte das menores, além do próprio denunciado ter passado a agir de forma estranha, andando constantemente de cueca na residência, além de não mais procurar a companheira, para com ela manter relações sexuais. Ao questionar as filhas sobre o comportamento delas, ambas confidenciaram à mãe que estavam sofrendo abusos sexuais praticados pelo próprio pai, afirmando que o denunciado abusava delas, em momentos distintos ou na mesma ocasião, oportunidade em que ele tirava as roupas das vítimas, esfregava-se nelas, apalpava suas partes íntimas e exigia que elas sentassem no colo dele. Uma das vítimas, afirmou que sofreu abusos sexuais praticados pelo próprio pai, durante um período de seis meses e que ele, por diversas vezes, obrigava ela e a irmã, a ficarem nuas, momento em que ele se masturbava e deixava sêmen no corpo delas. As vítimas sofriam constantes ameaças pelo denunciado, que falava que as mataria, assim como tocaria fogo na residência", informou a polícia. 

*Com informações da Ascom PC-AL