Instalada contra os interesses do governo federal, apesar de proposta pelo senador Renan Calheiros (MDB/AL), que integra o bloco de apoio ao presidente Lula, a CPI da Braskem, em tramitação no Senado Federal, está condenada a não produzir nenhum efeito prático.
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Contra a CPI também estão interesses econômicos óbvios, além de Lula, a exemplo da própria empresa, da Petrobras e, no contexto geral, do próprio mercado.
Que se danem, no entender desse pessoal, os interesses da população prejudicada com o desastre ambiental que afeta cinco bairros de Maceió.
Uma prova inconteste disso é que, desde que a CPI iniciou os seus trabalhos, a chamada grade mídia deixou de dar destaque ao chamado Caso Braskem, dando a entender que estão prevalecendo interesses políticos e, acima de tudo, comerciais.
O afundamento do solo nos bairros de Bebedouro, Pinheiro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol está completando seis anos agora em março, mas só ganhou as manchetes, em nível nacional, quando a mina 18 da Braskem estava prestes a causar danos inimagináveis ao meio ambiente.
A mina colapsou, sem maiores consequências, e as manchetes sobre o Caso Braskem foram perdendo intensidade, ao ponto de hoje o assunto estar absolutamente fora do noticiário.
Como perguntar não ofende, vai então uma indagação: a quem interessa, de repente, colocar embaixo do tapete a tragédia causada pela Braskem a uma parte considerável da população de Maceió, em plena efervescência da CPI?
]Com a palavra o Ministério Público, o Poder Judiciário e demais instituições que atuam em favor da legalidade e dos interesses cidadãos?
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