Ser presidente da Câmara dos Deputados é uma das funções mais relevantes na hierarquia política do Brasil.
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Basta lembrar duas prerrogativas do cargo hoje ocupado pelo conterrâneo Arthur Lira (PL): ocupar a presidência da República no impedimento do presidente e do vice; acatar ou não pedidos de impeachment do presidente da República.
Convicto disso, prestes a concluir seu segundo mandato no comando da Casa e ciente da necessidade de se manter em evidência, Lira tem priorizado uma questão: eleger, de qualquer jeito, o seu sucessor.
Desde quando anunciou, no início da semana, sua opção pelo colega paraibano Hugo Motta para lhe suceder o ainda presidente da Câmara tem extrapolado seu poder de articulação, ao ponto de conseguir a adesão em favor do seu candidato do também alagoano Isnaldo Bulhões Júnior, nada menos que o líder do MDB na casa.
Dois detalhes nisso: Isnaldo até então tinha pretensões de ser presidente da Câmara e é, sem dúvida, extremamente fiel ao senador Renan Calheiros (MDB/AL), concorrente de Arthur Lira na disputa sobre quem tem maior liderança na politica de Alagoas.
Além de lutar para não embarcar no ostracismo vivenciado por Eduardo Paes e Rodrigo Maia, Lira abre grande espaço para um “acordão” com Renan em 2026 , quando ambos devem disputar as duas vagas ao Senado Federal.
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