O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, destacou na noite deste domingo (30) a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Ele exaltou a segurança das urnas eletrônicas, que classificou como “um patrimônio brasileiro”.
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— O mais importante de tudo é que tivemos uma eleição pacífica, tranquila e com segurança. Essa etapa importante das eleições de 2022 se encerra com a vitória da democracia. Não existe país no mundo que, três horas e quarenta minutos depois do término das eleições, proclame o resultado com absoluta segurança, eficiência e competência. A vontade do eleitor foi depositada nas urnas eletrônicas, que são patrimônio nacional. Espero que, a partir dessa eleição, finalmente cessem as agressões ao sistema eleitoral. Que cessem os discursos fantasiosos, as notícias fraudulentas e criminosas contra as urnas eletrônicas. Quem novamente atestou a credibilidade das urnas eletrônicas foi o povo brasileiro — afirmou.
Alexandre de Moraes proclamou o resultado das eleições e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com uma diferença de 2,1 milhões de votos. O presidente do TSE disse que telefonou para o candidato eleito e para o presidente da República, Jair Bolsonaro, que pretendia a reeleição.
O magistrado disse que as eleições deste ano registraram o maior número de votos atribuídos aos candidatos em disputa. Ele destacou ainda uma redução da abstenção entre o primeiro e o segundo turnos do pleito.
— Em todas as eleições anteriores, houve sempre um aumento de abstenção do primeiro para o segundo turno. Em 2018, no primeiro turno a abstenção foi de 20,33% e, no segundo, de 21,30%. Neste ano, foi de 20,95% no primeiro turno e de 20,56% no segundo. Além da menor abstenção, houve uma diminuição dos votos em branco e nulos. Isso significa disse que tivemos 75,86% do eleitorado efetivamente escolhendo um dos dois candidatos a presidente da República: o maior percentual de votos da história republicana desde a redemocratização do Brasil — afirmou.
Alexandre de Moraes afirmou que as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrada neste domingo terminaram por não prejudicar a participação dos eleitores no pleito, especialmente em estados do Nordeste. Segundo o ministro, as fiscalizações da PRF em ônibus do transporte coletivo não tiveram impacto sobre as taxas de abstenção.
— Não houve aumento na abstenção no Nordeste. Todos os ônibus que foram parados não voltaram à origem e seguiram seu destino. A abstenção no Nordeste é menor do que a média nacional. No primeiro turno foi 19,53% e agora, no segundo, foi de 19,29%. Ou seja: uma diminuição da abstenção — concluiu.
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