Alagoas registrou cinco abalos sísmicos em fevereiro, segundo monitoramento da UFRN

Publicado em 07/03/2024, às 12h59
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Por João Arthur Sampaio

Durante o mês de fevereiro de 2024, Alagoas registrou cinco abalos sísmicos, todos em municípios diferentes do interior do estado. As captações foram feitas pelo Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e divulgadas no boletim mensal que contabiliza casos do tipo do Nordeste.

O estado foi o segundo do Nordeste com o maior número de registros de abalos sísmicos, representando 18% do total, e atrás apenas da Bahia, que contabilizou 19 (68%). Ao todo foram 28 eventos contabilizados pelo LabSis/UFRN na região. Pernambuco e Ceará tiveram dois casos cada (7%).

Os municípios alagoanos em que os sismos aconteceram foram Anadia, no dia 4 de fevereiro às 14h21; Quebrangulo, no dia 8 às 7h42; Craíbas, no mesmo dia, mas às 15h; Ibateguara, no dia 19 às 19h28; e Arapiraca, no dia 21 às 14h56. As magnitudes destes eventos variaram de 1.5 a 2.1 na Escala Richter (mR). De acordo com a magnitude dos abalos, nenhum deles foi sentido além dos equipamentos e nem causou danos. 

A publicação do LabSis/UFRN explica que a magnitude mede a potência de um terremoto pela energia que ele libera em seu epicentro e é determinada pelas leituras dos sismógrafos. “Muitos sismólogos utilizam atualmente o termo ‘magnitude do momento’ para terremotos de média e alta potência. A escala é calculada de maneira diferente da antiga escala Richter, mas os valores são comparáveis”.

A escala Richter é pontuada de um a nove, mas não há um "limite" para a graduação e terremotos acima de 9 já foram registrados no planeta. Um terremoto de menos de 3,5 graus é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre 3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem construídos, mas pode causar maiores danos em outros.

De acordo com o boletim, as incertezas epicentrais podem atingir 10 km. Os dados analisados nesse período serão revisados após três meses, baseados em dados de estações que não enviam informações em tempo real, obedecendo às visitas periódicas de coleta em campo. 

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