Saúde

Alagoas confirma mais de 500 novos casos de dengue em uma semana 

Eberth Lins | 09/08/24 - 12h13
O vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti | Foto: Reprodução EBC

Em Alagoas, 597 novos casos de dengue foram confirmados em uma semana, segundo o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado no último dia 6. O período também registrou 898 novos casos suspeitos, isto é, em investigação laboral para confirmação ou descarte. Até a Semana Epidemiológica 31 de 2024 foram notificados 19.833 casos suspeitos de dengue, dos quais 11.441 foram confirmados.

As cidades que já confirmaram mortes por dengue são  Atalaia (1), Viçosa (1), Porto de Pedras (1), Rio Largo (1), Maceió (4), União dos Palmares (1), Murici (1), Craíbas (1), Teotônio Vilela (1) e Arapiraca (1), totalizando 13 óbitos.

Há ainda 21 mortes suspeitas da doença e em investigação laboral nos municípios  de Boca da Mata (1), Porto Calvo (1), Atalaia (2), Piaçabuçu (1), São José da Laje (2), Maceió (4), Pão de Açúcar (1), Arapiraca (1), São José da Tapera (1), União dos Palmares (1), Porto Real do Colégio (1), Pilar (1), Matriz do Camaragibe (1), Delmiro Gouveia (1), Belo Monte (1) e Poço das Trincheiras (1).

Veja como identificar e tratar a dengue

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações - dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
  • vômitos persistentes;
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • letargia e/ou irritabilidade;
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
  • sangramento de mucosa; e
  • aumento progressivo do hematócrito.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas acima de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.