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Al Pacino revela como perdeu US$ 50 milhões em rombo financeiro

Revista GQ | 22/10/24 - 17h27
Foto: Reprodução/BBC

"Eu tinha U$ 50 milhões, e daí eu não tinha nada. Tinha propriedades, mas dinheiro algum", conta o ator Al Pacino, 84, em trecho de sua autobiografia, Sonny Boy, lançada este mês nos EUA. Segundo detalha o ator de Poderoso Chefão e Perfume de Mulher, um processo judicial e um apetite por gastos descontrolados foram os principais responsáveis pela ruína do ator logo após ganhar status de astro hollywoodiano.

No começo dos anos 70, logo após ser cotado para viver o mafioso Michael Corleone em Poderoso Chefão, do diretor Francis Ford Coppola, Al Pacino foi alvo de processo do estúdio MGM. A empresa o acusava de ter aceitado o papel muito embora já estivesse sido contratado para viver um personagem, também mafioso, em uma comédia, chamada The Gang That Couldn't Shoot Straight - o próprio agente do ator havia dito não à equipe de Copolla e do estúdio Paramount, responsável pelo clássico.

O mesmo caso foi narrado em outra autobiografia, The Kid Stays In The Picture, sobre a vida do produtor Robert Evans, um dos cabeças da Paramount e responsáveis por colocar Pacino em O Poderoso Chefão.

"Tive que contratar advogados para me ajudarem a me tirar [do contrato com a MGM]. Logo, havia contraído dívidas de 15 mil dólares", diz a autobiografia de Pacino. O ator conta ter feito uma reunião com o chefe de estúdio para tentar uma reconciliação, que terminou por obrigar o astro a consultar a MGM a respeito de qualquer script ou obra da qual planejasse fazer parte.

Além disso, Pacino conta ter tido muitos gastos e pouca sabedoria a respeito de sua realidade financeira ao longo dos anos, confiando cegamente em seu contador. "Mesmo tendo apenas dois carros, de alguma forma eu estava pagando por 16, além de 23 números de telefone que eu desconhecia”, acrescentou. "O meu paisagista ganhava US$ 400 mil por ano e, veja bem, isso era para fazer o paisagismo de uma casa onde eu nem morava."

Para evitar ficar sem dinheiro, Al Pacino conta ter vendido uma de suas duas casas, participado de seminários sobre finanças e atuado no filme Jack e Jill (2011), com Adam Sandler. "Eles me pagaram muito bem”, conta.