Agentes penitenciários impedem prestadores de serviço de entrar em presídios

Agentes penitenciários de Alagoas realizam um ato na manhã desta segunda (7) e impedem o acesso de prestadores de serviço no Sistema Prisional, em Maceió. De acordo com a direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários, o ato critica a contratação de servidores sem concurso e aponta a ausência de porte de arma dos prestadores como argumento para que eles não trabalhem com segurança e escolta.

O presidente do Sindapen, Alan Leite, informou que o agentes estão apenas "agindo pela legalidade", e que não teriam repassado as armas para os prestadores. “É um absurdo a contratação deles. Nenhum deles tem porte de arma então nós, agentes penitenciários concursados, resolvemos por não entregar as armas”, explicou.

O Sindapen espera a convocação para uma reunião com a direção do Sistema Prisional para tratar do assunto. “Até o momento não fomos informados de nada, estamos aguardando um posicionamento da direção”, pontuou.

Ainda assim, os prestadores de serviço temem que rebeliões aconteçam pela decisão do Sindapen. Sandra Visgueiro, representante dos prestadores, disse que os agentes não têm efetivo para manter o funcionamento dos presídios.

“Com a decisão, tudo para: a cozinha, a laboral, a saúde. Isso porque, nós, prestadores, somos 1.100 funcionários responsáveis por tudo e eles [agentes penitenciários] apenas 150. E nós não somos responsáveis apenas pela segurança dos presídios. A gente teme que devido a essa decisão os presos se revoltem e se rebelem”, disse Sandra Visgueiro.

A assessoria de comunicação do Sistema Prisional informou que o secretário Marcos Sérgio se reuniu com agentes penitenciários para mediar a situação. Ainda não há resultado da reunião.