Conforme haviam prometido na última quarta-feira, os advogados do médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa, preso desde o último dia 29 sob acusação de violentar pacientes, entraram na Justiça com um pedido de habeas corpus para tirá-lo da prisão. O pedido só deve ser julgado na próxima semana.
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Adriano Antônio da Silva Pedrosa segue preso em uma cela especial do presídio Baldomero Cavalcante.
Em entrevista na última quarta-feira, o advogado Raimundo Palmeira, que compõe o grupo de advogados de defesa do médico, destacou que a defesa se basearia na ausência de pressupostos, que são elementos suficientes indiciários de autoria.
"A lei prevê que a prisão preventiva é decretada para garantir a ordem pública, por conveniência da instituição criminal, ou a ordem econômica, e garantia da aplicação da lei penal. Mas ela parte do princípio que é preciso que haja indícios suficientes de autoria”, declarou.
“O prejuízo por conta da liberdade seria para uma destruição de provas ou prática de crimes, o que não é o caso do Doutor Adriano”, completou Palmeira.
Ainda segundo ele, Pedrosa declarou não se recordar do rosto das pessoas que o denunciaram e afirmou que a porta da sala onde faz atendimento fica "encostada".
O caso
De acordo com o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), o crime praticado por ele tinha sempre o mesmo modo de agir: a vítima era despida dentro da unidade de saúde – mesmo não tendo procurado socorro para reclamar de quaisquer problemas ginecológicos – e, após vestir uma luva em suas mãos, o médico molestava as pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais.
A má conduta de Pedrosa, ainda de acordo com o Ministério Público, tem sido reiterada e três mulheres o denunciaram. E foram essas acusações que serviram de base para o MPE/AL ajuizar uma ação penal contra esse profissional da área de saúde, além de pedir a sua prisão. O processo corre em segredo de Justiça.
O Conselho Regional de Medina do Estado (CRM) vai instaurar sindicância para apurar denúncia contra médico. O presidente do órgão destacou que as vítimas devem comparecer à sede do conselho, em Maceió, para formalizar a denúncia.
A defesa dele não tem ciência se as pessoas que denunciaram o médico procuraram o CRM para buscar a suspensão do exercício de medicina por ele.
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