O empresário suspeito de atropelar um casal de PMs, em Arapiraca, no último sábado (14), passou por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (25). Edson Lopes se entregou à policia na tarde de ontem, após a Justiça alagoana decretar a prisão temporária dele. O empresário está sendo investigado por dirigir uma caminhonete que atropelou e matou a policial Cibelly Barbosa Soares e que feriu gravemente o também policial Gheymison do Nascimento Porto.
Durante a audiência de custódia, o advogado de defesa da família dos PMs pediu para que o empresário seja transferido para um presídio. Segundo a defesa das vítimas, Edson Lopes está cumprindo prisão temporária no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Craíbas, município que fica a aproximadamente 20 quilômetros de Arapiraca.
"Tivemos uma audiência de custódia na manhã de hoje, e pedimos para que o empresário seja transferido para um presídio, onde possa cumprir a prisão temporária. Ele está preso no Cisp de Craíbas, quando deveria está em um presídio. Não faz sentindo algum ele está detido em Craíbas. O nosso pedido foi acompanhado pelo Ministério Público de Alagoas, e estamos aguardando resposta", disse o advogado Napoleão Júnior, em entrevista ao TNH1.
Ainda segundo o advogado, também foi protocolado um pedido para que a Justiça mantenha a prisão preventiva do empresário. "Também pedidos para que a Justiça mantenha a prisão temporária de Edson Lopes. Esse pedido, novamente, foi acompanhado pelo MP-AL. Estamos aguardando o laudo da perícia que deve mostrar as circunstâncias de como aconteceu o atropelamento. Também estamos aguardando o depoimento de novas testemunhas. Acreditamos que a liberdade do empresário pode atrapalhar as investigações", completou.
O que diz a defesa do empresário - Procurada pelo TNH1, a defesa do empresário Edson Lopes disse que a decisão de direcionar a prisão do empresário ao CISP de Craíbas foi condicionada por medidas se segurança.
"A Lei 7.960/98, que fala sobre a prisão temporária, diz no seu art. 3° que os presos temporários devem, OBRIGATORIAMENTE, permanece separados dos detentos que cumprem outras espécies de pena. Entendo, assim, não ser cabível, por força de lei, o pleito do citado causídico.
Agora, a decisão cabe à justiça, alinhada com o posicionamento dos delegados que conduzem a investigação, uma vez que o sentido de direcionar a custódia de Edson àquela localidade foi primar pela sua segurança, pela sua integridade física", disse o advogado Wesley Souza de Andrade.
O caso - Cibelly Barboza e o marido Gheymison do Nascimento, ambos policiais militares, faziam ciclismo no sábado, 14 de outubro, quando foram atropelados por uma caminhonete preta em um trecho da rodovia AL-220, em Arapiraca. A mulher não resistiu aos ferimentos, chegou a ser socorrida, mas morreu no mesmo dia. Já o homem, que ficou internado até essa segunda-feira, 23, recebeu alta médica e foi homenageado pelos colegas de farda na saída do Hospital de Emergência do Agreste. Ele se emocionou bastante ao deixar a unidade hospitalar.
O motorista da caminhonete foi identificado como Edson Lopes, um empresário da cidade de Arapiraca. Edson chegou a prestar depoimento à polícia na terça-feira, 17, mas foi liberado. Na presença de um advogado, ele negou o uso de bebidas alcoólicas e disse que não viu os ciclistas.
Câmera de segurança registrou o empresário deixando o local do acidente - Imagens de uma câmera de segurança (veja abaixo) mostram a chegada à residência do empresário Edson Lopes, que se envolveu em um acidente atropelando e matando a militar Cibelly Barboza Soares. O marido dela ficou em estado grave. Após o acidente, testemunhas e o delegado do caso chegaram a relatar que o motorista estaria embriagado.
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