Advogado de PMs vai entrar com representação contra primo de Davi Silva

Publicado em 20/10/2015, às 13h32
Imagem Advogado de PMs vai entrar com representação contra primo de Davi Silva

Por Redação

Magno divulgou vídeo nas redes sociais em que denuncia supostas ameaças (Crédito: Reprodução / Vídeo)

Magno divulgou vídeo nas redes sociais em que denuncia supostas ameaças (Crédito: Reprodução / Vídeo)

O advogado Leonardo de Moraes, que defende os policiais militares denunciados pelo desaparecimento e assassinato do jovem Davi Silva, em agosto de 2014, informou ao TNH1 que deve entrar com duas representações criminais contra o primo da vítima, Magno Francisco.

Magno denunciou, por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, que estaria recebendo ameaças de morte por parte de policiais, porque vinha cobrando o esclarecimento do crime.

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Na representação, que deve ser feita nesta terça-feira (20) à Polícia Civil e ao secretário de Estado da Segurança Pública, Alfredo Gaspar, Leonardo de Moraes cobra que o autor da denúncia comprove as ameaças. Ele alega que podem ser confirmados os crimes de calúnia e denunciação caluniosa.

O advogado também dará entrada, na Justiça, em duas ações por danos morais, e em um requerimento administrativo funcional na Universidade Federal de Alagoas, onde o denunciante trabalha.

O requerimento administrativo pedirá a apuração de conduta de Magno, que é professor universitário no campus de Delmiro Gouveia. Para a defesa, ele foi antiético.

“Vamos ingressar em ações tanto na esfera penal, como na civil e na administrativa. Queremos que ele prove as denúncias. Os policiais nunca chegaram perto dele, não são loucos de fazer isso. Ele está fazendo isso com intenção escancaradamente política”, declarou Moraes, que citou a candidatura de Magno para vereador por Maceió, no ano de 2012.

O advogado defende os policiais Eudecir Gomes de Lima, Carlos Eduardo Ferreira dos Santos, Vitor Rafael Martins da Silva e Nayara Silva de Andrade, denunciados no caso.

Desaparecimento e morte

Davi Silva tinha 17 anos. Ele desapareceu após ser abordado por uma guarnição da Rádio Patrulha, da Polícia Militar, no dia 25 de agosto de 2014, no conjunto Cidade Sorriso, bairro Benedito Bentes, em Maceió. Ele teria sido sequestrado, torturado e morto pelos policiais, conforme denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual, mas seu corpo ainda não foi localizado.


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