O advogado Sinval José Alves, acusado de ser o mandante do assassinato do sócio dele, o também advogado José Fernando Cabral de Lima, vai a júri popular no próximo dia 11 de abril, no Fórum do Barro Duro. Cabral foi assassinado em abril de 2018, em um escritório, no bairro Ponta Verde. As investigações policiais apontaram que o motivo do crime seria uma dívida no valor de R$ 600 mil, referentes a honorários advocatícios, devida por Sinval a Cabral.
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A princípio, o julgamento estava marcado para o dia 8 deste mês de março, mas as juíza Luana Cavalcante Freitas adiou para o próximo mês, por conta dos cuidados com a pandemia da Covid-19. “É certo que a sessão de julgamento será longa diante da complexidade do feito, podendo até mesmo ultrapassar mais de um dia, bem como terá um número considerável de pedidos de pessoas que desejarão acompanha-la. Sendo assim, não se pode deixar de considerar o volume de pessoas que participarão deste julgamento do júri, bem como o perigo de aglomeração neste momento, em virtude do agravamento da pandemia causada pela covid e sua nova variante ômicron”, escreveu ao argumentar sobre o adiamento do julgamento.
Ainda em sua decisão, a juíza Luana Cavalcante Freitas negou pedido da defesa dos outros dois dos réus, Irlan Almeida de Jesus e Denisvaldo Bezerra da Silva Filho, apontados como autores materiais do crime, para que fosse realizado exame prosopográfico, usado para fazer reconhecimento de rostos humanos. A magistrada alegou que, pelo fato de os acusados estarem de capacete, o exame é impossível de ser realizado.
O caso - O crime aconteceu em abril de 2018, no momento em que acontecia uma reunião entre José Fernando e Sinval Alves, no escritório deles, em Ponta Verde. Segundo a polícia, dois homens armados, que seriam Irlan Bezerra e Denisvaldo Bezerra, chegaram ao local, onde também funcionava uma casa de câmbio, rendram o funcionário da casa de câmbio e seguiram até a sala onde os sócios conversavam. Todos foram obrigados a ficar de joelhos e logo após José Fernando foi atingido na cabeça por dois disparos.
A investigação e a denúncia do Ministério Público davam conta de que tudo não passava de uma simulação de assalto com a real proposta de matar o advogado. O homicídio teria sido articulado por Sinval, que estaria chateado por ter sido cobrada por uma dívida de R$ 600 mil dele com a vítima.
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