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Advertência preocupante de um especialista alagoano: “Acendeu a luz vermelha no setor elétrico”

Em 11 de Setembro de 2024 às 11:53

A instabilidade do clima nos últimos tempos no Brasil tem gerado uma série de consequências.

Algumas delas contrastantes, como enchentes e incêndios de grandes proporções, afetando bastante as reservas naturais do país.

Um efeito preocupante: o agravamento da situação hídrica, afetando diretamente a capacidade dos reservatórios, como explica o economista alagoano Daniel Lima Costa, presidente da ANESOLAR – Associação Nordestina de Energia Solar:

“A situação hídrica que o Brasil enfrenta atualmente pode afetar drasticamente o setor elétrico nacional. De acordo com os dados mais recentes (08/09/24), em apenas 1 semana a capacidade de armazenamento de energia dos reservatórios foi reduzida de 30% para 28%. Chama atenção a redução hídrica do subsistema Sul que foi de 6%, o que demonstra que estamos em uma crise hídrica sem precedentes e que afetará toda a população.

O agravamento da situação hídrica, com a queda nos níveis de armazenamento dos reservatórios e a redução significativa da capacidade no subsistema Sul, indica a necessidade urgente de ações estratégicas para enfrentar a crise.

Aqui estão alguns pontos chave e possíveis abordagens para mitigar a crise atual e melhorar a resiliência do setor elétrico:

1. Expansão do Armazenamento de Energia por Baterias O armazenamento de energia em baterias tem se mostrado uma solução promissora para lidar com a intermitência das fontes renováveis e equilibrar os picos e as rampas de consumo. No Brasil, a regulação e os incentivos para o armazenamento em baterias ainda estão em desenvolvimento. É essencial que o governo e as agências reguladoras avancem nesse aspecto para facilitar a adoção e integração dessas tecnologias no sistema elétrico.

2. Incentivo à Microgeração de Energia A microgeração, que permite que consumidores produzam sua própria energia, geralmente a partir de fontes renováveis como solar, pode aliviar a pressão sobre o sistema centralizado. O incentivo pode ser realizado por meio da votação e aprovação dos PLs 528/20 e 2647/22 que tramitam no Congresso nacional.

3. Diversificação das Fontes de Armazenamento de Energia É fundamental diversificar as fontes de armazenamento de energia para reduzir a dependência das hidrelétricas, que são vulneráveis a condições climáticas extremas. Explorar a viabilidade de soluções de armazenamento de longo prazo, pode ajudar a criar um sistema elétrico mais robusto e resiliente.

4. Eficiência Energética A promoção da eficiência energética pode reduzir o consumo e aliviar a carga sobre o sistema. Medidas de eficiência em setores residenciais, comerciais e industriais, além de programas de conscientização e incentivos, podem contribuir significativamente para a redução da demanda e para o uso mais racional da energia.

5. Revisão da Regulação e Políticas Públicas A revisão das políticas públicas e da regulação do setor elétrico pode ser necessária para garantir que sejam adequadas para enfrentar crises como a atual. Atualizações em regulamentações e incentivos para tecnologias emergentes e práticas sustentáveis devem ser consideradas. Adotar essas medidas pode ajudar a superar crises energéticas. A colaboração entre governo, setor privado e consumidores será fundamental para superar a crise atual e assegurar um sistema elétrico mais sustentável e resiliente.”

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