Os ex-estudantes da Escola Estadual Jornalista Lafaiete Belo, no Benedito Bentes, que causaram tumulto nessa quinta-feira, 28, depois da invasão seguida da suposta tentativa de agressão contra um aluno da unidade de ensino, alegaram para a Polícia Militar, após serem abordados no mesmo dia do fato, que pularam o muro da quadra de esportes porque tinham a intenção de jogar futebol com os antigos colegas. Imagens de câmeras instaladas no local vão ser disponibilizadas para a Polícia Civil investigar o caso.
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Nesta manhã, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que, durante a realização dos Jogos Internos da escola, na tarde do dia 28 de setembro, quatro ex-estudantes pularam o muro e invadiram o local, o que causou pânico entre os presentes após a circulação da informação de que ao menos um deles estaria com arma de fogo. O objeto não foi encontrado e o órgão de Educação confirmou que as primeiras apurações levaram a uma tentativa de agressão, dos invasores, jovens entre 14 e 15 anos, a um aluno da escola.
Ao programa Cidade AL, da TV Pajuçara/Record TV, o major Luciano, comandante do 5º Batalhão da PM, disse que os militares que atenderam a ocorrência conversaram com os adolescentes suspeitos, assim como com os pais deles, e não houve apreensão. O policial afirmou ainda que os meninos disseram que não estavam armados e que queriam apenas jogar bola.
"Nós fomos acionados para a ocorrência na Lafaiette Belo, que é perto da sede do nosso Batalhão, onde teriam elementos que invadiram a escola provocando tumulto e que estariam com arma de fogo. Chegando lá, depois que revistamos o local, vimos que não havia arma de fogo. Identificamos as pessoas, foram jovens de 14 e 15 anos. E hoje identificamos o endereço deles e fomos até lá", iniciou o major na entrevista ao repórter Leandro Santiago.
"Eles alegaram que pularam o muro para jogar bola, disseram que como já foram alunos de lá, queriam jogar bola. Eu até falei: "mas, rapaz, tem que ir de forma correta, não pode ser dessa forma, a escola tem suas atividades e você não pode atrapalhar". Aí eles e os pais pediram desculpas. Passamos a situação para a Polícia Civil, para o Conselho Tutelar, e agora as orientações vão ser feitas", continuou ao destacar que os menores não têm passagem pela polícia.
O comandante do 5º Batalhão reforçou que a polícia vai executar um planejamento preventivo e ostensivo para tentar coibir ações de violência nas unidades de ensino. "Nós vamos intensificar o policiamento nas escolas, juntos com o Batalhão Escolar, para que fatos desta natureza não aconteçam mais. Nossa missão agora é a forma preventiva e ostensiva".
Seduc se posiciona sobre confusão - A Seduc confirmou que quatro ex-estudantes da Escola Estadual Jornalista Lafaiette Belo, no Benedito Bentes, invadiram a unidade de ensino na tentativa de agressão contra um aluno, e as imagens das câmeras serão enviadas para a polícia para a investigação do caso. A confusão foi registrada nessa quinta, 28, e a informação de que havia uma pessoa armada circulou nas redes sociais, porém ela não foi confirmada pelo órgão.
A Secretaria explicou que já adotou todas as providências necessárias na intenção de preservar a integridade física dos servidores e estudantes. Os quatro suspeitos teriam pulado o muro da quadra de esportes e causado pânico aos presentes, quando teriam tentado ferir um aluno durante a realização dos Jogos Internos da escola. O motivo do ataque não ficou esclarecido.
Leia o comunicado da Seduc na íntegra:
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclarece que a gestão da Escola Estadual Jornalista Lafaiette Belo, localizada no Benedito Bentes, em Maceió, adotou, de pronto, todas as providências necessárias no sentido de preservar a integridade física de servidores e estudantes durante o episódio registrado nessa quinta-feira (28), quando quatro indivíduos (identificados como ex-alunos) pularam o muro da quadra de esportes na tentativa de agredir um dos estudantes, durante a realização dos Jogos Internos daquela unidade de ensino.
Imagens do circuito interno de segurança serão fornecidas à delegacia de Polícia Civil que irá investigar o caso, mediante confecção de um Boletim de Ocorrência.
Outrossim, a Seduc reafirma rechaçar toda e qualquer forma de violência, destacando, ainda, a parceria com a Polícia Militar de Alagoas na execução do plano de prevenção à violência nas escolas – que contempla ciclos de palestras, simulados de ataques às unidades de ensino, entre outras atividades.
Atendimento do Bombeiros e do Samu - O Corpo de Bombeiros confirmou que recebeu chamado às 16h21 e enviou militares para uma ocorrência de suposto mal súbito de uma pessoa. "Chegando ao local, ambas as guarnições se depararam com diversos adolescentes nervosos após um homem estranho adentrar no pátio da escola, supostamente ameaçando uma determinada pessoa. No entando, apenas uma adolescente do sexo feminino, de 15 anos de idade, veio a precisar do atendimento da AR-55, que realizou os procedimentos de APH, liberando-a no local", mostra o relatório da corporação.
Já o Samu comunicou que duas meninas, de 13 e 15 anos, apresentaram quadro de agitação e alegaram que estavam abaladas emocionalmente, com ansiedade e crise de pânico. Elas foram atendidas no local por socorristas da equipe de motolância, com dois técnicos de enfermagem, e depois liberadas. Além dos motociclistas, uma ambulância de suporte básico também foi direcionada para a escola.
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