O homem identificado como Felipe da Silva Batalha, acusado de matar e queimar o próprio pai, foi condenado a 11 anos e um mês de reclusão. O julgamento do homicídio praticado contra a vítima, identificada como Cícero Vieira Batalha, aconteceu perante o Conselho de Sentença da Comarca de Mata Grande, no sertão alagoano.
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Os jurados acolheram a tese da acusação e condenaram o réu por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O júri foi conduzido pelo juiz Thiago Morais. "O acusado se utilizou de fogo para ocultar os restos mortais [do pai], impossibilitando até mesmo que os familiares pudessem velar o corpo da vítima, concedendo-lhe um sepultamento digno", afirmou o magistrado na sentença.
A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado, e o réu não poderá apelar em liberdade.
O caso - O crime ocorreu em outubro de 2021, no município de Mata Grande. De acordo com os autos, familiares procuraram a polícia para informar sobre o desaparecimento de Cícero. Um dia depois teriam voltado à delegacia para comunicar que Felipe, filho da vítima, havia fugido para São Paulo.
O ônibus no qual Felipe viajava foi interceptado em Santa Brígida, na Bahia. O acusado foi ouvido e, em depoimento, confessou ter matado o pai a pedradas e depois queimado o corpo da vítima. Disse que agiu em legítima defesa, porque Cícero teria tentado atacá-lo com uma faca. Afirmou ainda que o pai sempre o humilhava e o mandava sair da casa que ocupava com a esposa.
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