O ex-vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro renunciou à candidatura a deputado federal no sábado (10). Em uma carta entregue à Justiça, ele declarou “motivos pessoais”. Já neste sábado, a renúncia constava na página de divulgação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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No último dia 31, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) negou por 6 votos a 1 o registro da candidatura de Monteiro. Ele foi considerado inelegível por ter sido cassado pela Câmara de Vereadores do Rio, em 18 de agosto, por quebra de decoro parlamentar.
A decisão do Tribunal também acatou pedido do Ministério Público Eleitoral para que o youtuber e ex-policial militar não tivesse acesso ao fundo partidário. Para a Procuradoria, a inelegibilidade dele era “manifesta e insuperável”.
O processo de cassação começou após reportagens exporem denúncias de diversos crimes contra Gabriel Monteiro. Entre outros, ex-assessores dele apresentaram denúncias de assédio moral e sexual. Ainda mais grave, o vereador é acusado de filmar e divulgar relação sexual com uma menina adolescente, além de forjar filmes para divulgar nas redes sociais, usando inclusive crianças para se passar por um “cidadão de bem” vigilante contra as injustiças e acusar outras pessoas de falsos crimes.
Mas, minutos após ser cassado, Monteiro já pedia votos para a Câmara dos Deputados. Ele tentava concorrer pelo PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro e do governador do Rio, Cláudio Castro Ambos tentam a reeleição.
Expulso da Polícia Militar por causa do comportamento e praticamente abandonar a função para se dedicar ao projeto político para eleição de vereador, Monteiro é um ferrenho apoiador de Bolsonaro e, como o presidente, levanta bandeiras como a defesa dos valores da família tradicional e do armamento da população civil.