Do nada, sem ser instigado, o governador Paulo Dantas (MDB) aproveitou uma solenidade para anunciar apoio à candidatura o senador e ministro Renan Calheiros Filho (MDB) ao Palácio República dos Palmares, em 2026.
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Colocou, contudo, uma condicionante: a vontade do próprio interessado.
"Se assim ele decidir, terá meu apoio integral", disse Dantas nessa ocasião.
O episódio coincide com o fato de na semana passada o presidente Lula (PT) ter declarado seu interesse em ver o senador Renan Calheiros (MDB) concorrendo ao seu quinto mandato consecutivo em dobradinha com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) - os dois lideram grupos políticos opositores no Estado.
Por coincidência (ou não?), essa ideia estaria sendo defendida pelo prefeito João Henrique Caldas (PL), como forma de viabilizar sua própria candidatura ao governo daqui a dois anos.
Acrescente-se a isso a reaproximação de Arthur Lira com Marcelo Victor (MDB), o poderoso presidente da Assembleia Legislativa e responsável pela pavimentação da estrada que levou Paulo Dantas ao governo, e se se chega a um emaranhado de possibilidades para 2026.
Como sempre acontece em situações do gênero, isso acontece intramuros (ou paredes, como preferir), sem participação do eleitor, último personagem a ter conhecimento dessas articulações e que continua sendo apenas um detalhe, embora seja detentor do mais importante numa eleição: o voto.
Uma constatação, porém: em 1o de janeiro de 2027 Renan Calheiros Filho ou JHC deve assumir a principal cadeira do Palácio República dos Palmares e manipular a poderosa caneta de governador do Estado.
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