É intrigante a situação política do deputado federal Rafael Brito, anunciado como pré-candidato do MDB à Prefeitura de Maceió.
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Já tem pelo menos dois meses que seu nome foi lançado e, apesar de toda a exposição midiática, ainda não conseguiu decolar junto ao cidadão/eleitor.
Seu MDB é a maior potência partidária de Alagoas: tem cerca de 70 dos 102 prefeitos alagoanos, o governador do Estado, dois dos três senadores, a maioria absoluta da Assembleia Legislativa e o presidente da casa – eleito com a unanimidade dos votos dos deputados estaduais.
O que falta, então, para Rafael Brito adquirir maior densidade eleitoral em Maceió?
Há quem diga que lhe atrapalha o apoio do senador Renan Calheiros, presidente e maior liderança do partido em Alagoas, mas que não tem se dado bem nas eleições de prefeito na Capital: o último eleito com o seu apoio ostensivo foi Djalma Falcão, no longínquo ano de 1985.
De lá para cá, decorridos 41 anos, Renan e o seu MDB só têm acumulado derrotas em Maceió – ele próprio concorreu à prefeitura, em 1988, e foi derrotado nas urnas por Guilherme Palmeira.
Outros, por sua vez, alegam que o prefeito João Henrique Caldas (PL), favorito na disputa pela reeleição, é um nome muito difícil de ser batido.
O fato é que Rafael Brito precisa encontrar uma estratégia capaz de se fortalecer politicamente, com a urgência que a situação exige – estamos a pouco mais de quatro meses para a eleição.
Caso contrário o seu MDB, e ele próprio, estarão caminhando para mais um trágico desfecho numa eleição em Maceió.
Outra opção é o grupo de oposição mudar seus planos, ser mais proativo em relação a JHC e definir uma alternativa política capaz de mudar o cenário atual, apesar do pouco tempo que resta até 6 de outubro.
E esse processo, se depender de alguns ilustres emedebistas, não seria necessariamente encabeçado por Rafael Brito.
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