O professor José de Melo Gomes, que exerceu vários cargos de primeiro escalão no governo do Estado e foi conselheiro e presidente do Tribunal de Contas de Alagoas, hoje dirige o Memorial do TCE.
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Ele foi um dos protagonistas da negociação entre o governo estadual e o Grupo Lundgren, na época em que era Secretário do Planejamento do governador Divaldo Suruagy, após ter sido Secretário da Educação do governador Afrânio Lages.
Em revelou a este blog que certo dia estava em seu gabinete na Seplag quando Suruagy ligou do Palácio dos Martírios, numa reunião com a empresária Helena Lundgren, pedindo sua presença.
Tomou conhecimento, então, que o Estado estava fechando negociação com os Lundgren para ceder um terreno à beira mar para construção de um resort, mas que havia um problema: a Prefeitura de Maceió pretendia prolongar a hoje denominada Avenida Álvaro Otacílio e, para tanto, faria uma ponte sobre a Lagoa da Anta, ligando Cruz das Almas à Jatiúca, exatamente no local escolhido para implantação do hotel.
José de Melo recebeu então uma missão: procurar o prefeito Fernando Collor de Mello, explicar a situação e lhe solicitar, em nome do governador, que não fosse construída a ponte, para não inviabilizar a negociação.
E garante que o prefeito foi fundamental:
“Fernando Collor foi decisivo, pois entrou em contato com sua assessoria técnica e, em 20 minutos, resolveu que a ponte não seria construída. Para possibilitar o prolongamento da avenida, seria feito um contorno do terreno, preservando a área em negociação”.
Assim se viabilizou o Hotel Jatiúca, inaugurado em outubro de 1979 e que agora está negociado com a Construtora Record para, em seu lugar, ser implantado um empreendimento com vários prédios residenciais.
O Ministério Público Estadual interveio nesta semana, com um pedido de explicações sobre o negócio, feito pelo promotor de justiça Jorge Dória, e a transação está por enquanto sobrestada, aguardando uma decisão.
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